Tenda (TEND3): Ações caem após prévia operacional frustrar expectativas; o que fazer com as ações?

As ações da Tenda (TEND3) recuam no pregão desta quinta-feira (9), após a construtora divulgar a sua prévia operacional referente ao terceiro trimestre de 2025 (3T25). O resultado veio abaixo da previsão do JP Morgan, que já esperava uma reação levemente negativa, ainda que os números tenham melhorado em termos sequenciais.
Por volta de (horário de Brasília) 11h25, as ações TEND3 recuavam 1,60%, a R$ 24,02. Acompanhe o tempo real.
A companhia reportou o lançamento de 12 empreendimentos entre julho e setembro, totalizando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,48 bilhão. O número traz um recuo de 27,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024, mas uma alta de 36,5% frente ao 2T25.
Segundo a incorporadora, o preço médio de lançamento por unidade foi de R$ 234,4 mil, avanço de 8,9% na comparação anual e de 8% em relação aos três meses anteriores.
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Já as vendas brutas somaram R$ 1,2 bilhão entre julho e setembro, queda de 21,5% em 12 meses, mas crescimento de 4,1% ante o 2T25.
O preço médio por unidade no 3T25 foi de R$ 220,4 mil, aumento de 5,1% em relação ao 3T24.
Por sua vez, as vendas líquidas totalizaram R$ 1,09 bilhão, recuo anual de 25%, mas alta de 4,5% em relação ao trimestre anterior. A velocidade sobre a oferta líquida (VSO) foi de 25,8%.
Ainda que avalie os resultados prévia como fracos, o JP Morgan tem classificação overweight para TEND3, equivalente à compra.
O que esperar da Tenda?
Na visão do Safra, apesar dos números de lançamento abaixo do esperado, a Tenda manteve um sólido desempenho de vendas em ambos os segmentos.
Os analistas destacam que a Tenda lançou 14 empreendimentos no trimestre, totalizando R$ 1,6 bilhão em VGV (valor geral de vendas), um avanço de 42% em relação ao trimestre anterior, embora 3% abaixo do registrado no memso período do ano anterior, ficando 22% abaixo estimativa do Safra.
“Ainda assim, as vendas líquidas ficaram apenas 1% abaixo do nosso valor, atingindo sólidos R$ 1,2 bilhão (+3% em relação ao trimestre anterior e +21% em relação ao ano anterior), sustentadas por um desempenho resiliente de vendas em ambos os segmentos (Tenda e Alea)”, diz o banco.
O Safra destaca também o maior volume de transferências, que refletiu uma resolução parcial de certos incentivos estatais paralisados, o que deve beneficiar o fluxo de caixa da empresa no futuro.
Após a prévia, o banco reiterou sua classificação outperform, também equivalente à compra, tendo em vista a melhora nas perspectivas de lucros da empresa, o que deve acelerar seu processo de desalavancagem, resultando em uma redução significativa do risco da tese de investimento.