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Tenda (TEND3) quer arrecadar até R$ 300 milhões com securitização de contratos de imóveis

12 jun 2025, 9:18 - atualizado em 12 jun 2025, 9:18
tenda
A primeira liberação, no montante de R$ 160 milhões, está prevista para ocorrer até 30 de junho de 2025. (Imagem: Facebook)

A construtora Tenda (TEND3) comunicou ao mercado a aprovação de uma operação de cessão de carteira pró-soluto, no contexto de uma emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) a ser realizada pela Opea Securitizadora S.A., por meio de sua 448ª emissão. O valor total da operação poderá chegar a R$ 300 milhões.

A operação envolverá a emissão de CRI em duas partes da classe sênior e uma classe subordinada, com as seguintes condições de remuneração:

  • Primeira parte da classe sênior: 100% da Taxa DI + 2% ao ano, base 252 dias úteis;
  • Segunda parte da classe sênior: IPCA + 9,90% ao ano, base 252 dias úteis;
  • Classe subordinada: IPCA + 11% ao ano, base 252 dias úteis.

Os CRI serão distribuídos pela Galapagos Capital DTVM, em oferta pública sob regime de melhores esforços, conforme a Resolução CVM nº 160.

A oferta será lastreada em Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) emitidas pela securitizadora, representando créditos imobiliários originados pela Tenda, Tenda Negócios Imobiliários S.A. e Alea S.A. Os créditos são decorrentes de contratos de compromisso de compra e venda e termos de confissão de dívida, referentes a imóveis residenciais em construção e comercialização pelas empresas.

O valor total da operação poderá chegar por meio de diversas liberações de recursos ao longo de até seis meses após a primeira emissão. A primeira liberação, no montante de R$ 160 milhões, está prevista para ocorrer até 30 de junho de 2025.

Nessa etapa inicial, o valor líquido a ser recebido pelas empresas cedentes será de R$ 159.004.202,43, após dedução de despesas fixas e da parcela destinada ao Fundo de Despesas da Emissão.

A operação permite à Tenda transformar recebíveis futuros em capital imediato. Ao securitizar uma carteira pró-soluto, a companhia antecipa o valor de contratos de venda de imóveis ainda em fase de pagamento pelos clientes. Com isso, injeta recursos no caixa agora — sem precisar esperar o fluxo de parcelas mensais ao longo de anos.

Além de fortalecer o capital de giro e apoiar novas construções, a estratégia também reduz riscos: ao vender os créditos na modalidade pró-soluto, a Tenda não assume a responsabilidade em caso de inadimplência dos clientes.

O risco é transferido para os investidores que compram os papéis da emissão. Na prática, é uma forma eficiente de reciclar ativos e otimizar o balanço em um setor altamente dependente de liquidez.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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