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Tendências favoráveis começam a surgir para Embraer

03 dez 2020, 13:18 - atualizado em 03 dez 2020, 13:18
Segundo a Embraer, o tráfego global de passageiros retornará em 2024 aos níveis de 2019, mas continuará com volume 19% abaixo do previsto até 2029 (Imagem: Divulgação/Embraer)

A pandemia de Covid-19 trouxe mudanças consideráveis para diversos setores, incluindo o de aviação. Apesar do grande impacto causado pelo coronavírus sobre as atividades da indústria, algumas tendências positivas estão surgindo e devem beneficiar a Embraer (ERJ).

A empresa divulgou ontem o Embraer Market Outlook 2020, um relatório com perspectivas de mercado para os próximos dez anos. Os dados trazem projeções de demanda de passageiros por viagens aéreas e de novas entregas de aeronaves.

Segundo a Embraer, o tráfego global de passageiros retornará em 2024 aos níveis de 2019, mas continuará com volume 19% abaixo do previsto até 2029.

Até 2029, 4.420 jatos de até 150 assentos serão entregues, sendo que 75% dessas entregas vão substituir aeronaves antigas e 25% representarão o crescimento do mercado.

Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, explicou que a nova previsão “reflete algumas das tendências que já estamos observando”, desde a substituição de aeronaves até a preferência por aviões mais enxutos.

De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), as tendências que surgiram com a pandemia podem favorecer a Embraer.

“Tendências como redimensionamento da frota e regionalização tendem a favorecer fabricantes de aeronaves de fuselagem estreita como a Embraer”, comentaram os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, em relatório divulgado ontem. “Essas mesmas tendências também são boas para o segmento de turboélice, que acreditamos ser o próximo grande passo estratégico da companhia”.

Embraer
A Embraer tem a meta de entregar mais de 1 mil novos turboélices até 2029 (Imagem: Facebook/Embraer)

A Embraer tem a meta de entregar mais de 1 mil novos turboélices até 2029, com a maior parcela para companhias aéreas da China e da Ásia-Pacífico, somando 490 unidades, e da Europa, com 190 unidades.

Outro ponto relevante levantado pelo BTG diz respeito às parcerias que a Embraer tem procurado realizar. A empresa já estuda, por exemplo, fechar um acordo para o negócio de turboélices.

Para o BTG, isso é muito importante à companhia e representa o maior potencial de risco positivo para a tese de investimento. No entanto, ainda é cedo para estimar qualquer impacto devido ao fato de as parcerias se encontrarem em fase inicial. Dessa forma, o banco reiterou a recomendação neutra da Embraer, com preço-alvo em 12 meses de US$ 8 para a ADR (American Depositary Receipt).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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