Mercados

Investidor se anima com Petrobras e Magazine; Dólar sobe

08 maio 2018, 17:29 - atualizado em 08 maio 2018, 20:28
O alívio das sanções não será retirado de maneira imediata, mas em até 90 dias

O Ibovespa terminou esta terça-feira (8) em alta de 0,35%, a R$ 83.004 pontos, com os investidores avaliando mais uma bateria de resultados de componentes do índice, incluindo a Petrobras. O dólar, por sua vez, capta as tensões internacionais acerca do anúncio de Donald Trump sobre o acordo nuclear iraniano e subiu para R$ 3,57, com alta de 0,44%. Os principais índices americanos ficaram instáveis, com o Dow Jones caindo 0,03%.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta tarde a saída do país do acordo nuclear com o Irã e as “mais elevadas” sanções, que também podem ser estendidas para outras nações que fizerem negócios com o país. “Os EUA não fazem mais ameaças vazias, quando eu faço promessas eu as cumpro”, disse.

O alívio das sanções não será retirado de maneira imediata, mas em até 90 dias, podendo demorar mais noventa dias – no total de 180 dias, prazo em que o país poderá negociar um novo acordo.

“A volatilidade tomou conta dos mercados acionários pelo mundo enquanto os agentes aguardavam a decisão do presidente Donald Trump a respeito da saída dos EUA do acordo nuclear iraniano”, ressalta o BB Investimentos.

Petrobras

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Petrobras (PETR3PETR4) alcançou um lucro líquido de R$ 6,961 bilhões no primeiro trimestre de 2018, o que representa um crescimento de 56% na comparação com o visto um ano antes.  Este é, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões

O resultado foi impulsionado pelo aumento da cotação do Brent, que resultou em maiores margens nas exportações de petróleo, e maior lucro com vendas de derivados, em consequência da política de preços implementada. A maior margem com volumes e comercialização de gás e a venda de ativos também teve o seu papel.

A empresa também anunciou a distribuição de R$ 652 milhões em juros sobre capital próprio, o que implica um payout bruto por ação de R$ 0,05, a ser pago em 25 de maio de 2018. As ações preferenciais avançaram 1,46%, para R$ 22,98.

Smiles, Magazine Luiza e MRV

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As ações da Smiles (SMLS3) caem 2,75%, para R$ 68,93, após registrar um lucro líquido de R$ 155 milhões no primeiro trimestre de 2018, o que representa uma leve baixa de 0,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O Ebitda ficou em R$ 188,1 milhões, crescimento de 3% na passagem anual. Já a receita líquida encerrou o período com R$ 247,1 milhões, avanço de 7,5%.

O analista Alexandre Spada do Itaú BBA avalia que o resultado da Smiles foi bom no primeiro trimestre de 2018, com destaque para a surpresa positiva para o faturamento. Ele ressalta, contudo, que a dinâmica da demonstração de resultados foi difícil de ler devido à adoção de normas da IFRS 15. A recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) foi mantida, com preço justo de R$ 97,50 para a ação para o final de 2018.

Os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) dispararam 14,60%, para R$ 110,99, como reflexo do avanço de 152% no lucro líquido, para R$ 147 milhões no primeiro trimestre de 2018 na comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce tradicional e marketplace, cresceram 33,8% para R$4,5 bilhões, reflexo do aumento de 64,6% no e-commerce total e 21,4% nas lojas físicas.

Credit Suisse avalia que a varejista surpreendeu, mais uma vez, com resultados melhores do que o esperado pelo mercado e com um desempenho mais forte nas lojas físicas e também no e-commerce, apontam os analistas Tobias Stingelin, Pedro Pinto e Leandro Bastos.

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As ações da MRV (MRVE3) avançaram 0,89%, para R$ 14,70, em reação ao balanço do primeiro trimestre.  A empresa alcançou um lucro líquido de R$ 160, o que resulta em um crescimento de 22% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda chegou a R$ 229 milhões no período, o que corresponde a um aumento de 44,1%.

BTG Pactual disse que aprovou os resultados: receitas com crescimento significativo, sólidas margens e uma forte geração de fluxo de caixa livre, apresar do forte crescimento. “Negociando a níveis atrativos (9 vezes o preço sobre o lucro estimado para 2018) e com operações direcionadas para um forte crescimento dos resultados em 2018, reafirmamos a MRV como a principal escolha no setor imobiliário”, destacam os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio. O preço-alvo é de R$ 18 e a recomendação é compra.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
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