Terremoto no Brasil é comum? Região de Belo Horizonte registra tremores na última noite

Na noite da última terça-feira (16) e madrugada desta quarta-feira (17), a região da Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais, foi atingida por dois pequenos tremores de terra, despertando dúvidas sobre a frequência e riscos de terremotos no Brasil.
De acordo com a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), o primeiro abalo ocorreu às 22h12 (horário de Brasília) com magnitude 2,9 na escala Richter, e o segundo, de menor intensidade, teve magnitude 2,5 às 2h25 da madrugada, ambos próximos ao município de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Moradores de bairros como Alípio de Melo, na capital, e Icaivera, em Betim, relataram sentir a movimentação do solo. Em Contagem, os tremores foram percebidos nos bairros Alvorada, Estâncias Imperiais e Nova Contagem, além da região de Esmeraldas. A cidade de Ribeirão das Neves registrou abalos nos bairros Veneza, Vereda e Santa Matilde.
Prefeitura de Contagem e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) confirmaram que não houve ocorrências ou danos relacionados aos tremores.
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Terremotos no Brasil: normal ou preocupante?
Pequenos tremores, como os registrados em Minas Gerais, são comuns e fazem parte das pressões naturais sobre a crosta terrestre. “Minas Gerais é o estado com maior número de abalos sísmicos registrados no Brasil. Esses tremores naturais decorrem das tensões geológicas que atuam na crosta da Terra”, explica Bruno Collaço, sismólogo da USP e da RSBR.
Grandes terremotos são extremamente raros no país, pois o Brasil está localizado no centro da placa tectônica da América do Sul, longe das bordas onde placas se deslocam e geram atritos, que causam os maiores abalos. Por outro lado, países como o Chile ficam próximos a limites entre placas tectônicas, aumentando a incidência de terremotos de alta magnitude.
O maior terremoto já registrado no Brasil
O abalo mais forte registrado ocorreu em 27 de janeiro de 1955, na Serra do Tombador, no norte de Mato Grosso, com magnitude 6,2. Ainda que de grande intensidade, não causou grandes tragédias devido à baixa densidade populacional da região na época.