Tesla (TSLA) perde US$ 153 bilhões em valor de mercado após embate entre Musk e Trump

A Tesla (TSLA), gigante do setor de veículos elétricos, viveu na quinta-feira (5) um dos dias mais críticos desde sua fundação. As ações da companhia desabaram 14,26% em Wall Street, gerando uma perda de US$ 153 bilhões em valor de mercado — a maior da história da empresa em um único pregão.
O colapso foi provocado por uma série de trocas de farpas entre Elon Musk, CEO da Tesla, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No embate, que ocorreu publicamente na plataforma X (antigo Twitter), Musk criticou um projeto de lei fiscal apoiado por Trump. Em resposta, o ex-presidente ameaçou cancelar contratos governamentais com empresas ligadas ao bilionário, como Tesla e SpaceX.
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A reação do mercado foi imediata. A Tesla perdeu seu status de empresa trilionária, encerrando o dia avaliada em US$ 906 bilhões. A fortuna de Musk encolheu em mais de US$ 30 bilhões no mesmo período.
A queda amplia um cenário já desafiador para a companhia. Além das pressões externas, a Tesla enfrenta desaceleração nas vendas em mercados importantes e incertezas em torno da implementação do serviço de táxi autônomo nos Estados Unidos.
Internamente, a empresa tem promovido demissões em massa desde abril, com cortes que afetaram milhares de funcionários, inclusive engenheiros seniores e áreas ligadas à inteligência artificial e robótica.
Vale lembrar que as ações da Tesla haviam disparado com a eleição de Trump, impulsionadas pela expectativa de que a proximidade entre o presidente e Musk traria benefícios à companhia.
O bilionário chegou, inclusive, a ocupar um cargo temporário no governo norte-americano, ajudando a liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) desde sua criação, no início do ano. No entanto, anunciou sua saída da posição no dia 28 de maio.
Mesmo com o tombo do dia anterior, os papéis da Tesla mostravam recuperação nesta sexta-feira (6), chegando a subir 4,7% no pré-mercado. Por volta das 12h25 (horário de Brasília), as ações avançavam 5,92%, cotados a US$ 301,54 na Nasdaq. Acompanhe em tempo real.