Economia

Tesouro corrige secretário e diz que paralisação pode custar US$ 15 bi por semana à economia dos EUA

16 out 2025, 5:45 - atualizado em 16 out 2025, 5:40
Scott Bessent Tesouro Estados Unidos EUA
Bessent disse que o custo era de US$ 15 bi por dia, mas o correto era por semana (Reuters/Jonathan Drake)

A paralisação do governo federal, que já dura duas semanas, pode custar à economia dos Estados Unidos até US$ 15 bilhões por semana em produção perdida, disse um funcionário do Tesouro na noite de quarta-feira (15), corrigindo uma declaração anterior do Secretário do Tesouro Scott Bessent, que havia estimado o custo em até US$ 15 bilhões por dia.

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Bessent usou a estimativa incorreta em duas aparições separadas mais cedo na quarta-feira, enquanto instava os democratas a “serem heróis” e se unirem aos republicanos para encerrá-la.

Um funcionário do Tesouro disse que a estimativa de custo foi baseada em um relatório do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.

Bessent disse em uma coletiva de imprensa que a paralisação estava começando a “atingir o músculo” da economia dos EUA.

A onda de investimentos na economia dos EUA, incluindo em inteligência artificial, é sustentável e está apenas começando, mas a paralisação do governo federal é cada vez mais um obstáculo, disse Bessent.

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“Existe uma demanda reprimida, mas o presidente (Donald) Trump desencadeou esse boom com suas políticas”, disse Bessent em um evento da CNBC realizado paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington.

“A única coisa nos desacelerando aqui é essa paralisação do governo”, disse Bessent.

Ele afirmou que os incentivos na lei tributária republicana e as tarifas de Trump manteriam o boom de investimentos e alimentariam o crescimento contínuo.

“Acho que podemos estar em um período como o final dos anos 1800, quando surgiram as ferrovias, como nos anos 1990, quando tivemos a internet e o boom da tecnologia de escritório”, disse Bessent.

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Déficit dos eua diminuiu

Bessent também disse que o déficit dos EUA para o ano fiscal de 2025, encerrado em 30 de setembro, foi menor que o déficit de US$ 1,833 trilhão registrado no ano fiscal anterior. Ele não forneceu um valor, mas disse que a relação déficit/PIB poderia cair para a faixa de 3% nos próximos anos.

O Departamento do Tesouro ainda não divulgou o número anual do déficit.

O Escritório de Orçamento do Congresso estimou na semana passada que o déficit fiscal de 2025 caiu apenas ligeiramente, para US$ 1,817 trilhão, apesar de um aumento de US$ 118 bilhões na receita alfandegária resultante das tarifas de Trump.

“O déficit em relação ao PIB, que é o número importante, agora tem um cinco na frente”, disse Bessent no evento da CNBC.

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Questionado se gostaria de ver um três no início da relação déficit/PIB, Bessent respondeu: “Sim, ainda é possível”.

Ele acrescentou que a relação cairia se os EUA conseguissem “crescer mais, gastar menos e conter os gastos”.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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