Tesouro Direto bate recorde de vendas em junho; investidores preferem papéis de curto prazo

As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 5,7 bilhões em junho, recorde para o mês, segundo dados divulgado pelo Tesouro Nacional.
Embora o resultado tenha sido histórico, o montante representa queda de 15,9% em relação a maio, quando o programa vendeu R$ 6,8 bilhões em papéis. No entanto, é 1,48% superior ao registrado no mesmo período de 2024.
Até o momento, o recorde de vendas em um único mês continua sendo o de março deste ano, com R$ 11,6 bilhões.
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Os títulos mais procurados
Com a taxa básica de juros em 15%, os títulos públicos atrelados à Selic lideraram a preferência dos investidores, cuja participação nas vendas somou quase 56%.
Já os papéis indexados ao IPCA, impulsionados pela expectativa de alta da inflação, representaram 32,5%. Os prefixados ficaram com 11,6%.
Os dados também mostram que os investidores têm preferido papéis de curto prazo: os títulos com vencimento de até cinco anos corresponderam por 40,8% do total.
As operações com prazo entre cinco e 10 anos representaram 42,6%. Já os papéis de mais de 10 anos somaram 16,6%.
O estoque total do programa fechou junho em R$ 180,3 bilhões — avanço de 2,41% em relação a maio (R$ 176,1 bilhões) e de 25,9% na comparação anual (R$ 143,1 bilhões).
Tesouro Direto: Número de investidores segue em alta
O número de cadastrados no Tesouro Direto chegou a 32.735.353, com a inclusão de 240.498 novos participantes no mês passado.
Além disso, a forte presença de pequenos investidores pode ser observada no elevado montante de vendas de até R$ 5 mil, que representaram 80,5% das 766.019 operações registradas em junho.
As aplicações de até R$ 1 mil corresponderam a 57,1% do total. O valor médio foi de R$ 7.528,22.
*Com informações da Agência Brasil