Tesouro Direto paga R$ 153 bilhões nesta quinta (15); veja se você está na lista — e onde reinvestir o valor

Nesta quinta-feira (15), o Tesouro Direto vai desembolsar cerca de R$ 153 bilhões para pagar os investidores que aplicaram no título Tesouro IPCA+ 2025, também conhecido como NTN-B, segundo levantamento da Anbima.
O valor corresponde ao vencimento de 33,5 milhões de papéis, que remuneram com uma taxa prefixada acrescida da variação do IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil.
Na prática, esses ativos oferecem um prêmio de risco somado à correção inflacionária. Por isso, a estimativa é que o governo precise desembolsar o valor de R$ 153 bilhões, somando principal e juros.
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De acordo com a Anbima, o juro real desses títulos esteve entre 7,1% e 9,3% nos últimos dias de negociação. Por isso, dependendo da inflação acumulada no período, essa remuneração combinada pode ter dobrado o capital investido.
O pagamento será feito automaticamente até o fim do expediente bancário, sem necessidade de solicitação por parte dos investidores. A liquidação ocorre diretamente pelo Tesouro Nacional.
Vale lembrar que aplicações no Tesouro Direto, assim como outros investimentos em renda fixa, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), estão sujeitas à cobrança de Imposto de Renda, com alíquota regressiva conforme o prazo de aplicação.
Ou seja, quanto maior o tempo de permanência, menor a mordida do Leão sobre os rendimentos, conforme a imagem abaixo:
Onde reinvestir o valor?
Diante da perspectiva de que a inflação siga acima da meta do Banco Central nos próximos anos, analistas da XP, em relatório sobre o mercado de renda fixa, ressaltam a importância de manter parte da carteira em ativos indexados ao IPCA, como forma de preservar o poder de compra no longo prazo.
A corretora recomenda os títulos atrelados à inflação com vencimentos intermediários (cerca de cinco anos) como alternativa atrativa para o cenário atual.
A casa também destaca os papéis pós-fixados (CDI e CDI+), considerados mais atrativos no atual ciclo da Selic e com menor volatilidade.
Já os títulos prefixados exigem maior cautela, diante da piora na percepção de risco fiscal e das incertezas no ambiente internacional — mesmo com a trégua temporária na guerra comercial entre China e Estados Unidos.
A XP também alerta para os riscos de emissões privadas de empresas muito alavancadas, de setores cíclicos e com vencimentos muito longos.