Eleições 2022

The Money Office: Brasil vai chegar às eleições de 2022 em cenário de estagflação

09 nov 2021, 12:26 - atualizado em 09 nov 2021, 14:55
É bem provável que o Brasil caminhe para chegar às eleições de outubro de 2022 em um péssimo cenário de estagflação (Imagem: Montagem/ Money Times)

Após um crescimento de 4,9% em 2021, um avanço de apenas 0,9% em 2022? É isto que o Goldman Sachs espera para o Brasil. É o pior desempenho entre as 7 principais economias da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru).

Segundo o banco, isso é resultado de um cenário de inflação muito elevada, rápida mudança para uma postura monetária significativamente restritiva no final de 2021, suavização de indicadores de sentimento, condições de governabilidade em deterioração e aumento dos prêmios de risco fiscal e político, antes de uma provável eleição nacional altamente polarizada no final do ano que vem.

“No geral, as condições financeiras do Brasil foram as que mais se estreitaram nos últimos seis meses entre um grande grupo de economias emergentes e desenvolvidas”, comentam os economistas Alberto Ramos, Sergio Armella e Daniel Moreno.

Crescimento real do PIB irá desacelerar em 2022 devido às condições monetárias mais restritivas

Fonte: Goldman Sachs Global Investment Research

Neste cenário, o Goldman Sachs espera que a Selic vá dos atuais 7,75% ao ano para 11%. Os cortes devem começar apenas em 2023, estima o banco, e estacionar em 8,75%. Para o ano que vem, a estimativa é de que o Brasil fique com uma inflação oficial de 4,9%.

Ou seja, é bem provável que o Brasil caminhe para chegar às eleições de outubro de 2022 em um péssimo cenário de estagflação.

Inflação deve moderar, mas permanecer bem acima da meta

Fonte: Goldman Sachs Global Investment Research

Gustavo Kahil é fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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