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The Money Office: E se o urso chegar à China em 2022? A coisa vai ficar feia para o Brasil

01 dez 2021, 16:33 - atualizado em 01 dez 2021, 16:34
O risco de cauda baixista está baseado em uma queda do setor imobiliário(Imagem: Unsplash/ mana5280)

E se o urso do mercado financeiro chegar à China e tornar o pior cenário verdade? Aí o crescimento será de apenas 2,2% e não de 4%, projeta o Bank of America em uma revisão global de estimativas para 2022.

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Este risco de cauda baixista está baseado em uma queda do setor imobiliário, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (1º) e obtido pelo Money Times.

“Este cenário implicaria em um grande número de incorporadores imobiliários inadimplentes nos próximos 3 a 6 meses, as vendas de propriedades diminuindo em 40% no quarto trimestre e de 15% a 25% em 2022”.

Os economistas do BofA calculam que até 28% do crescimento do PIB da China é derivado da atividade do mercado imobiliário, o que reduziria o crescimento do PIB anualizado sazonalmente ajustado da China para uma faixa de zero a 1% nos três primeiros trimestres de 2022.

“Claramente, a Ásia é a que mais sofre o impacto, com Hong Kong, Austrália e Coréia na linha de frente. Fora da Ásia, e ainda no topo do ranking estão o Chile e o Brasil, em virtude de seu alto componente de commodities nas exportações”.

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A coisa pode ficar mais feia para o Brasil, em um ano de inflação, e com o cenário fiscal comprometido.

Impacto de cada país em % das exportações com 1% de choque de demanda da China após um ano

Fontes: BofA Global Research, IMF
Gustavo Kahil é fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney
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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
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