Economia

The Money Office: O “elefante na sala” do mundo é a estagflação e você precisa saber disso

13 out 2021, 12:11 - atualizado em 13 out 2021, 18:08

Enquanto os preços ao consumidor sobem em todo o mundo, afinal, o fenômeno da inflação no Brasil não é “culpa do Bolsonaro”, há sinais de que a economia global está começando a desacelerar. Ou seja, o “elefante na sala” do mundo, agora, é a estagflação: inflação com crescimento baixo, estagnado ou negativo.

Problemas na cadeia de produção global, gás, petróleo, estão afetando a recuperação da economia global. Além disso, o FMI, em seu relatório bianual Perspectiva Econômica Global, destacou que a inflação global deverá atingir o pico nos últimos meses de 2021 e regressar aos níveis anteriores à pandemia em meados de 2022 para a maioria das economias.

“Mas, dada a natureza não mapeada da recuperação, uma incerteza considerável permanece, e a inflação pode exceder as previsões por uma variedade de razões. Uma comunicação clara, combinada com políticas monetárias e fiscais adequadas, pode ajudar a evitar que os ‘sustos da inflação’ perturbem as expectativas de inflação”, escreveu o FMI.

O FMI também cortou sua estimativa para o crescimento global em 2021 para 5,9% de 6,0% em julho, e manteve o cenário para 2022 em 4,9%. Vale lembrar que a economia global recuou 3,1% em 2020.

De mãos dadas com o elefante da estagflação está o elefante do crescimento da China.

“Precisamos começar a descontar agora o novo estímulo fiscal e monetário global que será necessário para conter o colapso do crédito em curso na China e o que isso pressagia para sua moeda, dado o seu sistema bancário comunista com colossais U$ 52 trilhões de ativos com preços suspeitos”, analisa Kevin C. Smith, chefe de investimentos da Crescat Capital, em um relatório enviado a clientes na segunda-feira (11).

Projeções do FMI para a inflação em 2021

Olhando apenas para os EUA, os dados recentes destacaram as preocupações dos investidores de que o crescimento está desacelerando, enquanto, ao mesmo tempo, a inflação parece menos transitória do que o esperado.

“A estimativa do GDPNow do Fed de Atlanta para o ritmo de crescimento no terceiro trimestre desacelerou para 1,3% em 5 de outubro, de uma estimativa de 3,2% apenas 10 dias antes. Na frente da inflação, a medida de despesa de consumo pessoal da inflação mostrou a medida de núcleo, o indicador favorito do Fed de pressões de preços, subindo 3,6% em agosto ano a ano”, relambra Mark Haefele, chefe de investimentos do UBS em relatório recente.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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