TIM Brasil (TIIMS3) reporta números ‘sólidos’ no 2T25 e ações sobem no Ibovespa

As ações da TIM Brasil (TIMS3) operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (31), driblando a cautela doméstica após a decisão do Banco Central em manter a Selic em 15% e isenção de tarifas de importação aos Estados Unidos para quase 700 produtos brasileiros.
Por volta de 13h (horário de Brasília), TIMS3 subia 2,40%, a R$ 20,48, figurando como a terceira maior alta do principal índice da bolsa brasileira.
Os papéis reagem ao balanço do segundo trimestre (2T25), divulgado pela companhia na noite desta quarta-feira (30).
A operadora de telefonia reportou lucro líquido normalizado de R$ 976 milhões entre abril e junho, um crescimento de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado apresentou expansão de 6,3% na base anual, para R$ 3,35 bilhões, no segundo trimestre, quase em linha com estimativa média de analistas de R$ 3,36 bilhões, segundo dados compilados pela LSEG.
No segundo trimestre, a receita líquida da TIM Brasil, controlada pela Telecom Italia, cresceu 4,7% ano a ano, totalizando R$ 6,6 bilhões, com avanço na linha de serviço móvel (5,6%), mas recuo na de serviço fixo (-2,8%).
O que dizem os analistas?
O resultado da TIM foi “sólido” e em linha com a avaliação dos analistas de bancos e corretoras consultados pelo Money Times.
“Os resultados destacam a sólida execução e disciplina de custos da TIM, apoiadas pelo crescimento sustentado do pós-pago e forte geração de caixa”, escreveram os analistas da XP Bernardo Guttmann e Luis Chagas.
Para o Itaú BBA, os números não trouxeram “surpresas”. “O lucro líquido ficou 13% acima dos nossos números e do consenso, impactado positivamente por um efeito positivo na linha de receita financeira, impulsionado principalmente pelo desempenho positivo de R$ 73 milhões do fundo 5G”, destacaram os analistas Pablo Martínez, Maria Clara Infantozzi e Leonardo Cintra.
Já os analistas do BTG Pactual chamaram a atenção para o segmento pós-pago, que mostrou um crescimento de 11% da receita na base anual.
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É hora de comprar TIMS3?
Em relatório, a XP avalia que a ação já está precificada com potencial limitado de valorização, após uma alta de 46% acumulada desde janeiro contra 11% do Ibovespa.
Já nas contas do BTG Pactual, a TIM negocia com um rendimento de dividendo (dividend yield) de aproximadamente 10% em 2026, acima da média global de 4% e da principal concorrente Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, de cerca de 8%.
Os analistas do banco ainda consideram que o guidance da operadora indica uma remuneração total do acionista de R$ 13,75 bilhões entre 2025 e 2027, o que resultaria em um yield acima de 28% no período.
A XP, o BTG Pactual e o Safra compartilham a visão de que a TIM tem apresentando uma geração de caixa consistente e política de retorno robusta.
Confira as recomendações que o Money Times teve acesso:
Corretora/Banco | Recomedação | Preço-alvo | Potencial de valorização* |
---|---|---|---|
Ágora/Bradesco BBI | Compra | R$ 26,00 | 30% |
BTG Pactual | Compra | R$ 22,00 | 10% |
Goldman Sachs | Neutra | R$ 21,00 | 5% |
Itaú BBA | Compra | R$ 22,00 | 10% |
Safra | Compra | R$ 22,00 | 10% |
Santander | Neutra | R$ 21,00 | 5% |
XP | Neutra | R$ 21,00 | 5% |
*em comparação com preço de fechamento da última quarta-feira (30).