Renda Fixa

Títulos de inflação estão com nível de preço ‘bastante atrativo’, diz gestor de renda fixa da Inter Asset

23 out 2025, 7:57 - atualizado em 23 out 2025, 7:57
renda fixa - LCDs
Títulos de inflação estão com nível de preço 'bastante atrativo', diz gestor de renda fixa da Inter Asset. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

Os títulos de inflação oferecem hoje uma das oportunidades mais interessantes da renda fixa, avalia o gestor de renda fixa ativa da Inter Asset, Ian Lima. Segundo ele, o atual patamar de juros no Brasil e o processo do ciclo de flexibilização abrem espaço para ganhos relevantes em papéis indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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“Temos títulos de inflação que estão com um nível de preço bastante atrativo”, afirmou no 46º Congresso Brasileiro de Previdência Privada, da Abrapp.

Lima explica que o país atravessa um momento de transição no ciclo de política monetária, com a Selic em patamar elevado — atualmente em 15% — e já mostrando sinais de que o próximo passo deve ser o início de um movimento de corte.

“Estamos no próximo momento do ciclo. Os dados correntes corroboram com esse afrouxamento monetário”, disse.

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Segundo ele, o início desse processo pode ocorrer no início de 2025, ainda que o Banco Central siga cauteloso para não precisar “arremeter” o movimento, como ocorreu em ciclos anteriores.

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Na avaliação do gestor, o juro real — a taxa básica descontada a inflação — segue em um nível bastante restritivo, o que ajuda a conter pressões inflacionárias. “Estamos trabalhando uma inflação em torno de 5% com 15% de Selic. O juro real é de 10%”, afirmou.

Lima lembrou que o cenário de juros elevados não é exclusividade do Brasil, mas parte de um contexto global que se formou após a pandemia. “Todos os bancos centrais mundiais tiveram que levar suas faixas a níveis altos em termos históricos”, explicou.

Ainda assim, o país se destaca pelo rigor da política monetária, o que, na visão dele, cria oportunidades para quem busca papéis de longo prazo.

“Falando especificamente de renda fixa, a gente simplifica muito, mas a renda fixa tem vários ativos — pós-fixados, pré-fixados, títulos de inflação, curtos, médios e longos — e cada um tem sua oportunidade”, disse. “Principalmente nos títulos longos, quando olhamos para previdência e preservação de capital, há boas opções.”

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Para o gestor, o maior risco segue sendo o fiscal, que ainda mantém as expectativas desancoradas e limita o espaço para cortes mais rápidos da Selic. Mesmo assim, ele avalia que as condições já estão dadas para uma mudança de direção na política monetária. “As condições estão postas à mesa. A única coisa que fica em risco é a questão fiscal”, concluiu.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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