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Títulos públicos de países emergentes são a vacina do UBS contra o coronavírus

24 mar 2020, 18:36 - atualizado em 24 mar 2020, 18:36
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Oportunidade: segundo UBS, mercados emergentes são garantia de retorno nos próximos meses (Imagem: Reuters/Aly Song)

Na maioria dos relatórios publicados nas últimas semanas, os analistas quebraram a cabeça para encontrar as ações mais resistentes à pandemia do coronavírus.

Eis que, na contramão dessa tendência, o UBS faz uma recomendação eloquente: se você quer mesmo um ativo blindado contra o vírus, esqueça as ações e invista em títulos públicos de países emergentes.

“Os títulos soberanos de emergentes parecem a classe de ativos mais atraente no universo de crédito, em nossa opinião”, afirma Mark Haefele, o chefe global do UBS para gestão de patrimônio.

No relatório distribuído a clientes, Haefele afirma que o banco suíço passou de exposição acima da média (overweight) em ações de empresas emergentes para exposição acima da média em bonds de governos emergentes.

Retorno projetado de títulos emergentes, elaborado pelo UBS

O argumento do gestor é que esses ativos estão perto de precificar toda a queda causada pelo coronavírus, o que abre um “ponto de entrada historicamente atrativo”.

Ele observa que, desde o início do ano, os spreads dos títulos emergentes saltaram de 290 pontos-base (2,9%) para mais de 600 pontos-base (6%).

O UBS acrescenta que, desde 2000, houve 52 meses em que os spreads dos títulos emergentes superaram 500 pontos-base. “Nos 12 meses subsequentes, o retorno total foi positivo em todos os casos, com a mediana de retorno em 13%”, afirma Haefele.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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