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Toque de dividendos: BofA adiciona elétrica ‘rendeira’ para carteira Brasil; veja o portfólio

12 maio 2025, 19:00 - atualizado em 12 maio 2025, 19:04
Neste momento, o BofA está focado em empresas que se beneficiam de juros mais baixos (Imagem: pixabay)

O Bank of America continua otimista com o Brasil, mantendo uma exposição comprada no país.

Para os analistas, a queda dos juros, que poderá ocorrer ainda em 2025 — o banco projeta os primeiros cortes da Selic em dezembro —, será um “belo” gatilho para os mercados e, especialmente, para a bolsa.

Ainda segundo os analistas, o país apresenta valuation atrativo e perspectivas de crescimento de lucros em 2026. O banco manteve a exposição ao Brasil como o maior peso de sua carteira na América Latina.

Neste momento, o BofA está focado em empresas que se beneficiam de juros mais baixos, com risco limitado de lucro e crescimento de qualidade.

Para 2026, prevê Selic a 11,25% (enquanto o mercado precifica acima de 12%).

Troca

Para sua carteira Brasil, que possui 17 ativos, o BofA retirou a Gerdau (GGBR4) e incluiu a Copel (CPLE6). De acordo com o banco, o objetivo é aumentar a exposição ao mercado doméstico.

Além disso, a Copel apresenta “crescimento impulsionado por corte de custos e bom pagamento de dividendos“.

Na última sexta-feira, a elétrica do Paraná aprovou uma nova política de dividendos, com regras mais claras e previsíveis para a remuneração dos acionistas.

A principal novidade é o compromisso de distribuir ao menos 75% do lucro líquido anual, com pagamentos em pelo menos duas parcelas por ano.

Analistas saudaram a iniciativa e veem a ação como capaz de destravar R$ 5,2 bilhões em dividendos.

Outros gatilhos incluem:

  1. Preços de geração de longo prazo acima do previsto para energia não contratada
  2. Venda de ativos não estratégicos em condições favoráveis
  3. Economias de custo maiores que o esperado

Apesar disso, o BofA aponta dois riscos para o papel:

  1. Preços de geração de longo prazo abaixo do esperado para energia não contratada
  2. Retornos fracos em novos projetos Greenfield (a serem construídos do zero) ou em aquisições.

Veja o portfólio:

Empresa Setor P/L 2025 P/L 2026 Peso (%)
Petrobras PN Energia 4,1 5,2 8,5%
Itaú Unibanco Financeiro 8,2 7,7 6,0%
BTG Pactual Financeiro 9,8 8,6 3,5%
B3 Financeiro 15,0 14,0 3,5%
Bradesco Financeiro 6,3 5,4 2,5%
Hapvida Saúde 11,9 9,5 2,5%
Localiza Industriais 14,7 9,7 3,0%
Embraer Industriais 26,5 18,6 3,0%
Vale Materiais 6,8 6,5 4,0%
Lojas Renner Consumo discricionário 11,6 10,1 3,0%
Assaí Consumo básico 16,7 9,4 3,0%
Vivo Comunicações 15,6 12,9 3,0%
Multiplan Imobiliário 11,3 10,2 2,5%
Copel Utilidades 16,1 12,9 3,0%
Sabesp Utilidades 14,9 10,2 3,0%
Equatorial Utilidades 13,7 11,4 3,0%
Mercado Livre* Consumo discricionário 49,2 33,5 3,0%

*Mercado Livre é listado como brasileiro, mas opera de forma pan-latino-americana (inclusive na Argentina).

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.