TotalEnergies consolida posição na Namíbia com troca de ativos com Galp
A TotalEnergies consolidou sua posição no offshore da Namíbia ao concordar com uma troca de ativos com a portuguesa Galp, o que torna a empresa francesa a operadora da importante descoberta de Mopane, informou a petroleira nesta terça-feira.
Em troca de uma participação de 40% na licença PEL83, que detém o projeto Mopane, a Galp receberá uma participação de 10% na licença PEL56 da Total, que detém sua descoberta Venus, e uma participação de 9,4% na licença PEL91. As três licenças ficam próximas umas das outras.
A Total pagará metade das despesas de exploração e avaliação da Galp em Mopane, embora a Galp tenha de reembolsar esse valor com o fluxo de caixa futuro do campo. A QatarEnergy é o segundo maior acionista da PEL56 e da PEL91.
As ações da TotalEnergies subiram 0,6%, mas as ações da Galp caíram mais de 11%.
Os analistas da RBC disseram que consideraram o acordo “mais construtivo para a TotalEnergies do que para a Galp, já que a ausência de pagamento antecipado em dinheiro provavelmente será vista como negativa”, e o reembolso total dos gastos com exploração e avaliação talvez também seja decepcionante.
Eles disseram que a incorporação de Venus no acordo deve ajudar a alinhar os interesses entre os parceiros, embora “isso também implique um capex ligeiramente maior para a Galp nos próximos anos”.
A Total e a Galp planejam perfurar três poços em Mopane nos próximos dois anos, a partir de 2026.
No mês passado, fontes disseram à Reuters que a Total e a Chevron estavam à frente na corrida pela participação em Mopane.
“Este acordo posiciona a TotalEnergies como operadora das duas maiores descobertas de petróleo na Namíbia e abre caminho para o desenvolvimento de um importante centro de produção”, disse o grupo francês.
A finalização da transação deverá estar concluída em 2026, acrescentou.
A presidente da Galp, Paula Amorim, disse que a parceria com a Total vai “reduzir significativamente os riscos de Mopane, alinhando um caminho concreto para o futuro do ativo”.