‘Efeito Trump’ favoreceu trading e impulsionou resultados dos bancos americanos no 1T25, diz XP

Os principais bancos dos Estados Unidos reportaram resultados robustos no primeiro trimestre de 2025 (1T25), impulsionados pela forte performance das mesas de trading. O desempenho surpreendeu a XP Investimentos, dado o cenário de incertezas globais.
De acordo com os analistas, apesar do “tarifaço” do presidente dos EUA, Donald Trump, os resultados mostraram a resiliência do setor financeiro em meio às turbulências globais.
- Quais são as top “Money Picks” para este mês? O Money Times ouviu analistas de toda a Faria Lima para descobrir; veja aqui o resultado
A corretora pontuou que a volatilidade elevada nos mercados, desencadeada por um forte sell-off entre o fim de fevereiro e início de março, criou um ambiente propício para as atividades de trading.
Com isso, o cenário de incertezas, que levantou preocupações sobre uma possível recessão, impulsionou os resultados dessa linha dos bancos.
Bancos no 1T25
O Goldman Sachs, por exemplo, viu sua receita com trading de renda fixa, moedas e commodities crescer 2% no ano, sendo um aumento mais modesto. David Solomon, CEO do banco, alertou para um ambiente mais desafiador adiante.
Por outro lado, o Morgan Stanley superou as estimativas em receita e o lucro por ação (EPS, na sigla em inglês), com a CFO do banco, Sharon Yeshaya, observando que não há sinais de “disfunção do mercado”.
Além disso, o JP Morgan também reportou surpresas positivas com trading e um bom desempenho em asset e wealth management.
O Citigroup também se beneficiou de um crescimento anual expressivo de 23% em sua receita de trading de equities, mantendo suas projeções (guidance) para o ano.
Já o Bank of America manteve seu guidance inalterado, com o CEO Brian Moynihan expressando otimismo em relação ao desempenho dos clientes empresariais e à resiliência dos consumidores.
A XP Investimentos mantém uma visão positiva para o setor financeiro americano. Dentro da carteira da casa de análise, o setor financeiro é aquele que tem a maior parcela (overweight), possui um peso de 25,0% na carteira da XP — um montante 7,2% maior do que no fundo de referência iShares MSCI ACWI ETF.
Além disso, a corretora antecipa potenciais gatilhos positivos, como a desregulação bancária prometida por Donald Trump, que poderia impulsionar fusões e aquisições.