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Trading japonesa investe em startup para rastrear grãos de café

16 mar 2021, 15:09 - atualizado em 16 mar 2021, 15:09
Café Grãos
(Imagem: Unsplash/Andrew Seaman)

Uma trading japonesa aposta que consumidores continuarão a exigir mais informações sobre a origem do café que tomam e, por isso, decidiu investir em uma startup de blockchain de rastreamento de grãos com tecnologia da International Business Machines.

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A Itochu lidera um financiamento da série A de US$ 9 milhões para a Farmer Connect, uma empresa de agrotecnologia que ajuda o setor de café a rastrear a origem dos grãos que compra e vende, de acordo com comunicado enviado por e-mail. A trading suíça Sucafina, acionista majoritária da startup, também participou da rodada de financiamento.

Millennials preocupados com a sustentabilidade incentivam algumas das maiores empresas de café do mundo a recorrer à tecnologia em busca de ajuda para rastrear os grãos.

O sistema digital da Farmer Connect já foi adotado por empresas como JM Smucker Company, fabricante da marca Folgers, e Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo.

“A cadeia de suprimentos da agricultura pede uma abordagem baseada em dados, e consumidores querem tomar decisões conscientes sobre os produtos que compram”, disse Michael Chrisment, CEO da Farmer Connect. “A rastreabilidade tem sido tradicionalmente muito desafiadora e fragmentada, mas tecnologias como o blockchain reúnem todas as partes da cadeia de suprimentos.”

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Os recursos ajudarão a Farmer Connect a continuar a desenvolver e comercializar seus serviços à medida que a empresa se expande, disse Chrisment por telefone. A startup tem atualmente 16 funcionários e pretende dobrar ou triplicar esse número até o fim do ano, disse. A empresa também quer crescer nos Estados Unidos e na Ásia.

Ser capaz de rastrear o grão até a fazenda se torna cada vez mais importante para empresas, pois consumidores querem saber mais sobre o impacto social e ambiental do seu carrinho de compras. No ano passado, a Starbucks começou a vender pacotes em lojas dos EUA que permitem aos consumidores rastrearem o café.

“Acreditamos que haja uma demanda definitiva do mercado por soluções mais transparentes e éticas que agreguem valor a todos os atores da cadeia de suprimentos”, disse Koji Yamamoto, gerente-geral de açúcar, materiais de confeitaria, café e laticínios da Itochu.

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bloomberg@moneytimes.com.br