BusinessTimes

Transporte do futuro: líder de empresa chinesa não aconselha embarcar no setor

26 nov 2019, 12:17 - atualizado em 26 nov 2019, 12:17
Industria Carros Setor Automotivo
“Quero dizer a todos que querem entrar nesse mercado: não façam isso, vão desperdiçar seu dinheiro” (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O ex-professor universitário no comando de uma das empresas mais cruciais para o futuro do transporte manda um alerta para quem está de olho em seu setor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Quero dizer a todos que querem entrar nesse mercado: não façam isso, vão desperdiçar seu dinheiro”, disse Xu Kaihua, presidente da fornecedora chinesa de metais para baterias GEM. “Apenas os cinco maiores sobreviverão.”

A empresa, fundada em 2001 por Xu em Shenzhen, adotou um modelo de negócios abrangente que se tornou central para cadeias de suprimentos, desde minas de cobalto e níquel da África e Sudeste Asiático até motores da Volkswagen e BMW.

A presença diversificada da GEM inclui uma unidade na Indonésia, o que permitirá escapar da proibição de exportação de níquel imposta pelo país. E a empresa já é a maior recicladora global de metais a partir de baterias usadas.

A estratégia inseriu a GEM em um pequeno grupo de empresas chinesas, que incluem Zhejiang Huayou Cobalt e Jinchuan Group, cujo perfil relativamente discreto esconde seu significado coletivo para o futuro do uso de energia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A GEM fabrica produtos químicos de alta pureza derivados de níquel, cobalto e lítio, que serão necessários em grandes quantidades durante a próxima década, diante da eletrificação das frotas de montadoras.

A GEM tem “uma posição única” na cadeia de fornecimento de baterias, disse Hans Eric Melin, fundador da consultoria londrina Circular Energy Storage, que visitou as instalações da empresa.

A empresa conseguiu alavancar “seu papel histórico como recicladora para se tornar uma das principais empresas de materiais de baterias.” A empresa também é a queridinha do mercado no setor: 11 dos 12 analistas pesquisados pela Bloomberg têm recomendação de compra para a ação da empresa listada em Shenzhen.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em entrevista no início do mês em Yichang, província de Hubei, onde a empresa opera uma das 15 fábricas na China, Xu falou sobre um “sonho verde” que levou sua mudança da academia para o comércio.

“Quando você abre uma empresa, precisa ter uma visão. Entendi que, no final das contas, precisaríamos usar a reciclagem para resolver o problema de recursos limitados”, afirmou.

Xu, agora com 53 anos, se especializou em reciclagem de metais na Universidade Central do Sul, na província vizinha de Hunan. Seu objetivo é que a GEM colete e processe 30% das baterias descartadas de veículos elétricos da China, aproveitando o maior volume de unidades que retornarão à cadeia de suprimentos na próxima década.

“Agora todo mundo está falando sobre reciclagem de baterias, é um tópico muito popular, mas há poucos que conseguem fazer isso corretamente”, disse Xu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Carro elétrico
A empresa conseguiu alavancar “seu papel histórico como recicladora para se tornar uma das principais empresas de materiais de baterias.” (Imagem: Pixabay)

A GEM tem “uma posição única” na cadeia de fornecimento de baterias, disse Hans Eric Melin, fundador da consultoria londrina Circular Energy Storage, que visitou as instalações da empresa.

A empresa conseguiu alavancar “seu papel histórico como recicladora para se tornar uma das principais empresas de materiais de baterias.” A empresa também é a queridinha do mercado no setor: 11 dos 12 analistas pesquisados pela Bloomberg têm recomendação de compra para a ação da empresa listada em Shenzhen.

Em entrevista no início do mês em Yichang, província de Hubei, onde a empresa opera uma das 15 fábricas na China, Xu falou sobre um “sonho verde” que levou sua mudança da academia para o comércio.

“Quando você abre uma empresa, precisa ter uma visão. Entendi que, no final das contas, precisaríamos usar a reciclagem para resolver o problema de recursos limitados”, afirmou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Xu, agora com 53 anos, se especializou em reciclagem de metais na Universidade Central do Sul, na província vizinha de Hunan. Seu objetivo é que a GEM colete e processe 30% das baterias descartadas de veículos elétricos da China, aproveitando o maior volume de unidades que retornarão à cadeia de suprimentos na próxima década.

“Agora todo mundo está falando sobre reciclagem de baterias, é um tópico muito popular, mas há poucos que conseguem fazer isso corretamente”, disse Xu.

Reciclagem

Cerca de 39 mil toneladas de cobalto e 125 mil toneladas de níquel poderiam vir de baterias usadas até 2030, ajudando a compensar qualquer déficit na oferta minerada, de acordo com a BloombergNEF. Para o cobalto, esse volume atenderia a mais de 10% da demanda projetada. Até 2025, a GEM quer coletar 8,5 mil toneladas de cobalto e 19 mil toneladas de níquel de reciclagem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
bloomberg@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar