FII TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel em Contagem, mas mira disputa com Correios

O fundo imobiliário Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11) informou, nesta quinta-feira (11), que recebeu R$ 6 milhões como ressarcimento de custos relacionados a problemas estruturais no Centro Logístico Contagem, localizado em Minas Gerais.
De acordo com fato relevante, o valor decorre de um acordo extrajudicial firmado com a vendedora do galpão, após a identificação de patologias que demandaram obras emergenciais.
Segundo a gestão, a negociação evitou uma disputa judicial que poderia se estender por anos e gerar custos adicionais.
O montante será destinado ao reforço de caixa do fundo, sem impacto direto no resultado ou nos rendimentos distribuídos aos cotistas.
“Chegar a esse acordo de R$ 6 milhões é a nossa primeira vitória nesse processo, mas este é apenas o começo. Agora vamos concentrar a energia na grande batalha, que é cobrar os Correios por mais de R$ 330 milhões em obrigações contratuais”, afirma Felipe Ribeiro, gestor imobiliário da Rio Bravo.
Ainda de acordo com o executivo, com o encerramento da disputa pelo ressarcimento das obras, o TRBL11 direcionará esforços na recolocação do imóvel no mercado.
“O ativo está localizado em uma das regiões logísticas mais relevantes do país, com baixa vacância e alta liquidez, o que reforça a expectativa de retomada rápida da ocupação.”
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O imbróglio
No final de agosto, o TRBL11 anunciou que concluiu a retomada da posse do centro logístico após a entrega das chaves pelos Correios, em um processo acompanhado por vistoria conjunta com representantes da estatal.
A saída da companhia marcou mais uma etapa de um impasse que começou em outubro de 2024, quando foram identificados problemas estruturais no imóvel.
Na ocasião, os Correios suspenderam as atividades no galpão, que chegou a ser interditado pela Defesa Civil.
Em dezembro do mesmo ano, após intervenções do TRBL11 e nova vistoria de autoridades, o ativo foi liberado, mas a estatal não retomou as operações.
Já em março passado, a agência pública decidiu rescindir unilateralmente o contrato e estabeleceu o prazo para desocupação, cumprido no mês passado.