Três Estados republicanos enviarão tropas da Guarda Nacional para capital dos EUA

Os governadores republicanos de três Estados norte-americanos estão enviando centenas de tropas da Guarda Nacional para Washington, D.C., a pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem retratado a cidade como tomada pelo crime.
Os anúncios feitos no sábado (16) por Virgínia Ocidental, Carolina do Sul e Ohio ocorreram após autoridades da capital e o governo Trump negociarem um acordo para manter a chefe da polícia local, Pamela Smith, no cargo, depois de o procurador-geral de D.C. entrar com ação judicial para barrar o controle federal.
Trump, um republicano, afirmou nesta semana que estava enviando centenas de soldados da Guarda Nacional de D.C. para Washington e assumindo temporariamente o controle do departamento de polícia da cidade democrata, a fim de conter o que ele classificou como uma emergência de crimes e falta de moradia.
Entretanto, dados do Departamento de Justiça mostram que os crimes violentos em 2024 atingiram o nível mais baixo em 30 anos na capital, um distrito federal autônomo sob jurisdição do Congresso.
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O gabinete do governador da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, informou em comunicado que estava enviando de 300 a 400 soldados da Guarda Nacional para Washington em “uma demonstração de compromisso com a segurança pública e a cooperação regional”.
O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, atendeu a uma solicitação do Pentágono e anunciou o envio de 200 soldados da Guarda Nacional de seu Estado.
Já o governador de Ohio, Mike DeWine, afirmou que enviaria 150 membros de sua polícia militar nos próximos dias, acrescentando que nenhum deles atua atualmente como agente da lei em Ohio.
Após os anúncios, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, publicou no X: “Soldados e aviadores norte-americanos policiando cidadãos norte-americanos em solo norte-americano é #NãoAmericano”.
A Guarda Nacional funciona como uma milícia que responde aos governadores dos 50 Estados, exceto quando convocada para serviço federal. No caso de Washington, D.C., a Guarda Nacional se reporta diretamente ao presidente.
Trump, que já sugeriu poder adotar medidas semelhantes em outras cidades administradas por democratas, tem buscado ampliar os poderes da Presidência em seu segundo mandato, inserindo-se nos assuntos de grandes bancos, escritórios de advocacia e universidades de elite.
Em junho, o republicano determinou o envio de 700 fuzileiros navais e 4.000 soldados da Guarda Nacional para Los Angeles, contrariando o governador da Califórnia, durante os protestos contra batidas de imigração conduzidas por autoridades federais.
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