Internacional

Tribunal multa mulher russa por protesto ao vivo contra guerra na televisão

15 mar 2022, 15:34 - atualizado em 15 mar 2022, 15:34
O cartaz, em inglês e russo, dizia: “SEM GUERRA. Pare a guerra. Não acredite em propaganda. Estão mentindo para você aqui” (Imagem: Canal Um/via REUTERS)

Uma mulher russa que denunciou a guerra na Ucrânia durante um boletim de notícias ao vivo na televisão estatal foi multada em 30.000 rublos (280 dólares) nesta terça-feira, afirmou um tribunal, após o Kremlin denunciar seu ato de protesto como “vandalismo”.

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Marina Ovsyannikova, funcionária do Channel One, foi considerada culpada de desrespeitar leis de protestos, afirmou o tribunal. Não ficou imediatamente claro se ela enfrentará outras e mais sérias acusações. Seu advogado não estava disponível para comentários em um primeiro momento.

Ovsyannikova realizou um ato de dissidência na segunda-feira ao segurar um cartaz anti-guerra atrás da apresentadora que lia as notícias no Channel One e gritou frases que condenam a invasão da Rússia à Ucrânia em 24 de fevereiro.

O cartaz, em inglês e russo, dizia: “SEM GUERRA. Pare a guerra. Não acredite em propaganda. Estão mentindo para você aqui”.

A TV estatal, que carrega a narrativa do Kremlin às moradias russas em 11 fuso horários, retrata a invasão como uma “operação militar especial”, passando por cima de crises humanitárias, danos às cidades e a contagem de mortos cada vez maior.

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Após a audiência judicial, Ovsyannikova disse a repórteres que estava exausta, que havia sido interrogada por mais de 14 horas, sem permissão para conversar com seus parentes, e não havia recebido auxílio legal. Ela disse que precisava descansar antes de fazer mais comentários.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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