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Trigo importado liquida acima do interno e produtor finaliza safra torcendo contra chuvas

05 out 2021, 9:19 - atualizado em 05 out 2021, 9:24
Agronegócio Agricultura Trigo Grãos
Colheita começou e safra de trigo caminha para o final, torcendo para que as chuvas não atrapalhem (Imagem: Pixabay/WFranz)

Perto de finalizarem a colheita de trigo, em safra considerada cheia, e olhando para o céu, esperando que as chuvas não atrapalhem os trabalhos, os produtores estão vendo o mercado livre sem a competição do cereal importado.

Com esse dólar acima de R$ 5,40, a liquidação da tonelada importada já passa de R$ 1,6 mil, e, conforme a qualidade, de R$ 1,7 mil.

Para o Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, nessas condições os moinhos de farinha irão buscar fora só o que faltar, uma vez que os preços internos estão entre R$ 1,5 e R$ 1,550 mil/t.

O Brasil é deficitário no cereal, com consumo acima de 11 milhões/t, mas a safra atual, podendo superar 7 milhões/t, de acordo com o analista, dará um bom fôlego até o começo de 2022.

O aumento de área no Sul, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, colaboraram para esse incremento, além de que o desenvolvimento das lavouras veio bem, especialmente no segundo estado.

É importante não haver perda na colheita. “Trigo não gosta de chuva na colheita”, diz.

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Cotações

Nesta terça (5), Chicago opera em realização de lucro, às 9h15 (Brasília).

Após sessões consecutivas de ganhos, pelo abastecimento mundial mais comprometido e qualidade baixa – informa Brandalizze – o contrato de dezembro devolve 1,37%, a US$ 7,45 o bushel

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.