Internacional

Trump e Putin se encontram no Alasca nesta sexta (15); veja o que você precisa saber

15 ago 2025, 8:57 - atualizado em 15 ago 2025, 8:57
Trump Putin
Trump e Putin se encontram no Alasca nesta sexta para discutir a guerra na Ucrânia; Zelensky acompanha de forma indireta. (Dan Scavino Jr./Casa Branca)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontram presencialmente nesta sexta-feira (15), em Anchorage, no Alasca. Será a primeira reunião cara a cara entre os líderes desde que Trump retornou à Casa Branca.

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O encontro está marcado para 16h30 (horário de Brasília) e contará apenas com os dois presidentes e seus intérpretes. As delegações de ambos os países participarão de um almoço de trabalho, e os líderes devem conceder uma coletiva de imprensa conjunta às 20h30.

Por que o Alasca?

A escolha do Alasca se deve à proximidade geográfica com a Rússia e à infraestrutura da cidade, que abriga a base Elmendorf-Richardson, estrategicamente importante desde a Guerra Fria. Historicamente, o território pertencia ao Império Russo até 1867 e foi incorporado aos EUA em 1959.

Além disso, a decisão evita riscos legais para Putin, alvo de um mandado do Tribunal Penal Internacional (TPI). Como os EUA não são signatários do TPI, o presidente russo não corre risco de prisão durante a visita. Para viabilizar a chegada da delegação russa, o Departamento do Tesouro dos EUA suspendeu temporariamente algumas sanções contra o país.

Objetivos dos Estados Unidos

Trump declarou que pretende avançar em direção ao fim da guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Se a reunião correr conforme o esperado, ele planeja propor um encontro conjunto com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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O presidente americano indicou que a cúpula servirá como preparação para uma segunda reunião, demonstrando confiança de que Putin deseja fechar um acordo. Ao mesmo tempo, alertou que a Rússia enfrentará “consequências muito severas” caso não concorde em encerrar o conflito.

Segundo a Casa Branca, o encontro foi solicitado pelo Kremlin, após Trump ameaçar tarifas e sanções secundárias contra a Rússia.

Perspectiva da Rússia

O Kremlin afirma que, além do conflito na Ucrânia, a reunião abordará temas de cooperação econômica, tecnológica e espacial. Um assessor russo destacou o “enorme potencial econômico não explorado” entre os dois países, enquanto o negociador Kirill Dmitriev descreveu o encontro como uma oportunidade para “redefinir as relações EUA-Rússia”.

Putin também sugeriu que o encontro pode incluir discussões sobre controle de armas nucleares, considerando que o Novo Tratado START, que regula os arsenais, expira em fevereiro de 2026.

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Papel da Ucrânia

A ausência de Zelensky nas negociações gerou preocupação na Europa. O presidente ucraniano participou de uma videoconferência em Berlim com Trump e líderes europeus, pedindo pressão sobre a Rússia para garantir uma paz justa. Representantes de Finlândia, França, Reino Unido, Itália, Polônia, União Europeia e Otan acompanharam a reunião, com o objetivo de assegurar que qualquer acordo preserve a soberania e integridade territorial da Ucrânia.

Expectativas do encontro entre Trump e Putin

Trump afirmou que apenas um encontro futuro com Zelensky poderá definir temas sensíveis, como eventuais cessões de território. O primeiro encontro servirá para abrir caminho a uma segunda rodada de negociações.

No campo militar, a Ucrânia enfrenta pressão, especialmente na região leste de Donetsk, onde o avanço russo tem sido rápido. Recentemente, drones ucranianos provocaram um incêndio em uma refinaria em Volgogrado, no sul da Rússia, deixando três feridos.

As posições oficiais permanecem divergentes: a Rússia exige a cessão de quatro regiões parcialmente ocupadas — Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson — além da Crimeia, e que a Ucrânia renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e à adesão à Otan. Para Kiev, essas demandas são inaceitáveis. Até o momento, as negociações resultaram apenas na troca de prisioneiros de guerra, a mais recente ocorrida na quinta-feira, envolvendo 84 detidos de cada lado.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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