Trump faz alerta ao Irã e eleva preocupações do mercado

Donald Trump voltou a deixar os mercados em alerta nesta terça-feira (17). O presidente dos Estados Unidos publicou uma mensagem em sua rede social dizendo que o Irã não pode ter armas nucleares e que todos devem evacuar Teerã, a capital do país, imediatamente.

O tom da mensagem de Trump elevou os temores por um aumento das proporções do conflito no Oriente Médio. Em resposta, os mercados amanheceram em queda e o petróleo voltou a subir.

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No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, para comentar o cenário econômico global em meio ao conflito entre Israel e Irã, e os efeitos do envolvimento dos EUA.

“Ontem tivemos um sinal de alívio, afastando as chances de uma escalada, mas hoje o mercado já voltou a ficar mais preocupado com essa mensagem do Trump. Voltou a sensação de que o conflito pode escalar”, disse Hungria.

O analista destaca que o momento é de volatilidade, com os ativos sendo influenciados positivamente ou negativamente pelo conflito ao longo dos próximos dias. Hungria afirma que cabe ao investidor analisar sua carteira e verificar quais ativos devem ser mantidos, considerando o médio e longo prazo.

Ibovespa recua e Petrobras (PETR4) sobe

Com o aumento das tensões, o Ibovespa (IBOV) recua nesta terça. Por volta das 14h, o principal índice da bolsa brasileira caía 0,44%.

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A alta do petróleo impulsiona os papéis da Petrobras, tanto nas ações ordinárias (PETR3), que sobem 2,4%; e nas preferenciais (PETR4), que avançam 1,9%. Entre outras petroleiras, Prio (PRIO3) também sobe.

O especialista afirmou que mesmo que o cenário não escale, a preocupação traz um momento mais positivo para os investidores do setor.

“Durante um tempo, o mercado ficou muito receoso que o petróleo viesse a cair abaixo dos US$ 50. Abaixo dos US$ 60, muitas empresas já começam a queimar caixa, com um custo de produção maior que o preço da commodity”, disse Hungria.

Para o analista, os episódios de alta afastam a probabilidade de que o petróleo caia nos patamares mais arriscados para as empresas.

Na ponta negativa do índice, está a Usiminas (USIM5), que cai cerca de 6%. Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) completam o pódio, caindo 4% após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) adiar votação por fusão das companhias

O programa ainda abordou a expectativa do mercado para as decisões sobre os juros no Brasil e nos EUA, que ocorrem amanhã (18). Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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