Trump libera uso de droga experimental em pacientes terminais
O presidente Donald Trump assinou nessa quarta-feira (30) uma lei que permite a pacientes em estágio terminal o direito de ter acesso às drogas em fase de experimentação, ainda não aprovadas pelo FDA, sigla em inglês para a agência que regulamenta alimentos e medicamentos no país.
Chamada “Right to Try”, ou o direito de experimentar, a lei permitirá que pessoas doentes que já tenham esgotado opções de medicamentos disponíveis, possam ter acesso a substâncias em estágios iniciais de revisão pelo FDA.
Trump defendeu o direito de tentar, baseado no tempo limitado que alguns doentes têm para tratamento em caso de doenças graves, cujo tratamentos aprovados não se mostram eficazes.
Com a nova legislação, doentes terminais terão acesso a medicamentos que ainda já passaram por testes preliminares pelo FDA, mas que não foram totalmente homologados pela agência.
A indústria farmacêutica nos Estados Unidos é regulada pelo FDA. Quando uma empresa farmacêutica desenvolve um novo medicamento, o produto deve passar por três fases de testes clínicos que, em geral, demoram muito tempo para serem concluídos.
A primeira fase dos testes exige comprovação de que a droga é relativamente segura para os seres humanos. Esses estudos da fase 1 são realizados em apenas 30 pacientes.
Nas duas fases posteriores, os ensaios clínicos testam se o medicamento é eficaz no tratamento da condição para a qual ele é destinado, sem efeitos colaterais problemáticos.
A imprensa norte-americana ouviu analistas sobre o assunto e afirmou que, apesar de trazer esperança a pacientes terminais, a lei ainda precisa de regulamentação.
Os pacientes seriam autorizados a usar drogas experimentais, mas a lei não obriga as empresas farmacêuticas a fornecer esses medicamentos.