Internacional

Trump não deve recuar e ‘melhor cenário’ para o Brasil é manter tarifa de 50%, dizem economistas

25 jul 2025, 18:47 - atualizado em 25 jul 2025, 18:47
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(Imagem: Reuters/Kevin Lamarque)

A manutenção da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros é vista como o melhor desfecho possível no atual cenário, segundo avaliação da economista-chefe do UBS Global Wealth Management, Solange Srour.

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Srour diz que é “muito difícil” que o presidente do país, Donald Trump, recue da medida. Ela apontou que o Brasil perdeu a chance de adotar uma postura mais neutra no cenário geopolítico e, agora, encontra-se mal posicionado.

A economista diz ainda que o cenário alternativo, com retaliação, é pior: atrapalha o câmbio, antecipa o cenário eleitoral e eleva o ruído. Segundo Srour, embora o Brasil seja pequeno para impactar de forma negativa a economia dos EUA com eventuais retaliações, é grande o suficiente para servir de exemplo do que não fazer.

Pedro Jobim, economista da Legacy Capital, concorda que manter a tarifa é preferível, dadas as circunstâncias. Ele diz que o Brasil não vive uma situação institucional normal e, se isso não for endereçado, vai ser difícil avançar na negociação.

Segundo o economista, o momento é delicado e ainda não está claro se o governo brasileiro compreendeu os riscos envolvidos.

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Já Rodrigo Azevedo, sócio da Ibiuna Investimentos, ressaltou que, do ponto de vista técnico, a tarifa “não faz nenhum sentido”, uma vez que o Brasil é um dos poucos países que tem superávit comercial com os EUA.

Ele ponderou que a questão é eminentemente política e, por isso, o futuro é menos óbvio. Com isso, o impacto é mais relevante é do lado político, e não do econômico.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.