Economia

Corte da Selic pode ocorrer só em abril de 2026, diz UBS BB

08 maio 2025, 13:02 - atualizado em 08 maio 2025, 13:02
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ara o UBS BB, o primeiro corte na taxa Selic ainda pode demorar e só chegar em abril de 2026. (Imagem: iStock/Dilok Klaisataporn)

Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de ontem (7), que indicou que a nova alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros pode ter sido a última, o UBS BB disse que o primeiro corte na taxa Selic só deve ocorrer em abril de 2026.

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Na avaliação da equipe de economistas do banco, essa “parada antecipada” significa juros altos por mais tempo. O Banco Central elevou a Selic para 14,75% e adotou um tom mais cauteloso, afirmando que eventuais altas adicionais serão feitas com “cautela redobrada”. Para o UBS, essa sinalização reduz o espaço para novos ajustes e reforça a expectativa de estabilidade na próxima reunião.

A linguagem utilizada pelo comitê também foi lida como sinal de pausa. O uso da palavra “vigilante” no comunicado costuma anteceder períodos de estabilidade, como já ocorreu em momentos anteriores. “Acreditamos que o comitê esteja sinalizando o fim do ciclo de alta”, escreveram os economistas Alexandre de Azaram e equipe, em relatório.

O banco destaca que a autoridade monetária reforçou seu compromisso com a convergência da inflação à meta no chamado “horizonte relevante”, de seis trimestres. Para que o BC considere iniciar cortes, a projeção de inflação nesse período precisa estar ao menos em 3,1%. No entanto, segundo o UBS, o atual cenário com cortes a partir de dezembro ainda não permite essa convergência, o que praticamente descarta essa trajetória.

Na visão do UBS, a grande questão agora não é mais o nível terminal da Selic, mas o momento em que os cortes terão início. A projeção da casa é que a flexibilização monetária só comece em abril de 2026, considerando um ritmo de corte de 0,50 ponto por reunião. Apesar da recente valorização do real e da queda nos preços de commodities ajudarem a aliviar a pressão inflacionária, esses fatores ainda não seriam suficientes para antecipar os cortes.

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Mesmo assim, o UBS vê espaço para o mercado começar a precificar cortes no final de 2025, caso não haja deterioração fiscal. “As taxas de juros seguem em patamar altamente restritivo, mas as expectativas de inflação estão começando a ceder e o ambiente externo mostra sinais de alívio”, aponta o banco.

Na frente de investimentos, a recomendação do UBS é manter posição comprada nos contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2027, diante da expectativa de que o atual nível de aperto monetário perdure por mais tempo.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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