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UBS BB fecha acordo de colaboração com o Banco Patagonia

09 fev 2021, 10:17 - atualizado em 09 fev 2021, 10:17
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Os clientes do UBS BB passam a ter mais acesso a serviços na Argentina, enquanto os clientes do Patagonia terão mais contato com investidores internacionais, empresas estrangeiras e mercados globais (Imagem:EUTERS/Arnd Wiegmann)

O UBS BB Investment Bank, uma joint venture entre o UBS Group AG e o Banco do Brasil (BBAS3) para a América do Sul, chegou a um acordo de colaboração com o Banco Patagonia da Argentina.

O acordo inclui negócios de banco de investimento, como assessoria em fusões e aquisições, trading, originação e distribuição de títulos de dívida e ações, de acordo com as empresas.

Os clientes do UBS BB passam a ter mais acesso a serviços na Argentina, enquanto os clientes do Patagonia terão mais contato com investidores internacionais, empresas estrangeiras e mercados globais.

“Estamos entre os cinco maiores nos mercados locais da Argentina e agora pretendemos nos tornar o número 1 ou 2”, disse o presidente do Banco Patagonia, João Pecego, em uma entrevista.

O banco com sede em Buenos Aires é o sétimo maior da Argentina em ativos, com 1,2 milhão de clientes e presença em todos os estados. A instituição financeira, controlada pelo Banco do Brasil, tem expertise em securitizações de crédito local, conhecidas como fideicomisos, disse Pecego. Foi responsável por essas transações para governos locais, bem como empresas, incluindo MercadoLibre.

“Mas não temos uma plataforma global, que agora o UBS BB está nos fornecendo”, disse Pecego.

O acordo comercial pode levar serviços a mais de 42.000 empresas de médio porte e grandes empresas que já são clientes do Patagonia, disse Pecego.

O UBS está na Argentina há cerca de 50 anos, com foco em transações internacionais, e agora vê uma oportunidade de ganhar mais clientes corporativos locais e oferecer serviços usando a plataforma e corretora da Patagonia, disse Enrique Vivot, chefe do Cone Sul para o global banking do UBS BB e chairman da Argentina.

“O acesso ao capital internacional é muito importante para a Argentina neste momento de pandemia”, disse Vivot.

O UBS participou de várias reestruturações na Argentina desde que o governo realizou suas própria renegociação de dívida em 2020. Trabalhou como assessor para detentores de títulos durante a reestruturação do governo federal, bem como para províncias e empresas como Aeropuertos Argentina 2000.

Esses negócios ganharam mais destaque no ano passado do que a emissão tradicional de ações e dívidas, com a volatilidade agravada pela pandemia e controles cambiais.

Para 2021, Vivot espera que as reestruturações continuem e que as fusões e aquisições se intensifiquem em setores como financeiro, energia e petróleo e gás.

Os dois executivos disseram que a vacina contra o Covid-19 ajudará a melhorar os mercados este ano. Um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional e o fim gradual de controles de capital poderiam ajudar a trazer “curvas de volta ao normal”, de acordo com Vivot.

O UBS BB foi lançado em outubro para fornecer serviços de banco de investimento no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai, e corretagem institucional no Brasil.

O acordo entre a joint-venture com sede em São Paulo e o Patagonia é semelhante a um assinado entre o UBS Securities e o banco de investimentos Inverlink, com sede na Colômbia, em setembro.

“O UBS está buscando parcerias em todo o mundo e a América do Sul está muito à frente nesse esforço” em comparação com outras regiões, disse Daniel Bassan, presidente executivo do UBS BB.

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