BusinessTimes

UBS diz que negros e hispânicos ricos investem menos em ações

15 abr 2022, 16:00 - atualizado em 13 abr 2022, 22:02
UBS
Os resultados da UBS mostram que, mesmo entre milionários, disparidades raciais e étnicas mais amplas persistem no investimento em ações (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

Milionários negros nos EUA, assim como hispânicos e latinos, têm uma alocação menor que a média em ações e maior interesse em investimentos sustentáveis, segundo o UBS.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Negros americanos com pelo menos US$ 1 milhão para investir têm, em média, 26% de seu dinheiro em ações globais, enquanto milionários hispânicos e latinos alocam 29% em ações, de acordo com estudo divulgado na quarta-feira pela unidade de gestão de patrimônio do banco com sede em Zurique. Os investidores de alto patrimônio líquido em geral têm 41% de seus investimentos vinculados a ações.

Os resultados mostram que, mesmo entre milionários, disparidades raciais e étnicas mais amplas persistem no investimento em ações.

Dados do Federal Reserve mostram que enquanto mais da metade das famílias brancas e outras possuem ações, essa participação cai para cerca de 24% e 34% para famílias hispânicas e negras, respectivamente.

O investimento sustentável é parte da solução para essa lacuna, com particular ressonância entre os investidores negros, disse Melinda Hightower, chefe do segmento estratégico de clientes multiculturais do UBS Global Wealth Management.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A pesquisa descobriu que 79% dos milionários negros e 72% dos hispânicos de alta renda são a favor de investimentos que tenham um impacto social positivo, como promover a igualdade e a inclusão, em comparação com 49% no geral.

Milionários negros também eram mais propensos a voltar suas compras e doações para empresas e instituições de caridade que são lideradas por ou apoiam membros de sua comunidade.

A maioria dos entrevistados disse que o setor financeiro é mais inclusivo agora do que na geração anterior. Ainda assim, 56% dos milionários negros e quase um quarto dos hispânicos e latinos de alto patrimônio líquido disseram que sofreram discriminação de empresas financeiras.

O estudo entrevistou mais de 3.000 investidores asiáticos, negros e hispânicos ou latinos e cerca de 2.000 investidores brancos. A pesquisa interna do UBS sugere que há quase 2 milhões de investidores no primeiro grupo em todo o país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre as outras descobertas: os milionários hispânicos tendiam a sustentar a família estendida, deixando menos dinheiro para investir; uma parcela maior de indivíduos negros de alto patrimônio líquido investiu em imóveis em comparação com o grupo geral; e os milionários asiáticos eram mais propensos a citar a remuneração no local de trabalho como sua principal fonte de riqueza.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

bloomberg@moneytimes.com.br