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UBS mira aquisição de Credit Suisse, dizem fontes, em meio a temores de contágio bancário

18 mar 2023, 13:21 - atualizado em 18 mar 2023, 13:21
Credit Suisse
Credit Suisse é o maior nome envolvido na turbulência do mercado desencadeada pelo colapso de bancos norte-americanos (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann/File Photo)

O UBS AG está avaliando neste sábado uma aquisição de seu abalado concorrente suíço Credit Suisse, disseram fontes, um movimento que pode acalmar os temores de que uma crise em andamento possa desestabilizar o sistema bancário global.

O Credit Suisse, com 167 anos de existência, é o maior nome envolvido na turbulência do mercado desencadeada pelo colapso dos bancos norte-americanos Silicon Valley Bank e Signature Bank na semana passada, durante a qual o banco suíço perdeu um quarto de seu valor de mercado.

Para controlar a crise, o UBS está sendo pressionado pelas autoridades suíças a realizar uma aquisição de seu rival local, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto. O plano pode fazer com que o governo suíço ofereça uma garantia contra os riscos envolvidos, enquanto os negócios suíços do Credit Suisse podem ser desmembrados.

O UBS, o Credit Suisse e o regulador financeiro da Suíça, Finma, se recusaram a comentar.

O Financial Times citou pessoas familiarizadas com o assunto dizendo que o UBS, Credit Suisse e os reguladores estavam correndo para finalizar um acordo de fusão já no sábado à noite.

O diretor financeiro do Credit Suisse, Dixit Joshi, e suas equipes se reuniram no fim de semana para avaliar suas opções para o banco, disseram à Reuters pessoas com conhecimento do assunto, e houve vários relatos de interesse de concorrentes.

Gigante financeiro dos Estados Unidos, a BlackRock disse que não tem planos ou interesse em uma oferta rival pelo Credit Suisse, enquanto a Bloomberg noticiou que o Deutsche Bank estava analisando a possibilidade de comprar alguns dos ativos do banco.

O preço das ações do Credit Suisse oscilou amplamente durante a semana, e o banco foi forçado a recorrer a 54 bilhões de dólares em financiamento do banco central.

O clima na Suíça, há muito considerado um ícone da estabilidade bancária, era de melancolia enquanto os executivos lutavam com o futuro dos maiores credores do país.

“Bancos em estresse permanente” era a manchete da primeira página do jornal Neue Zuercher Zeitung neste sábado.

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