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UBS vê potencial de alta para o Ibovespa, mas mantém cautela com Brasil no curto prazo

03 jul 2025, 16:11 - atualizado em 03 jul 2025, 16:11
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O UBS destaca que os fundamentos seguem sustentando o otimismo no Ibovespa. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

As ações brasileiras acumulam alta de 14% em 2025 e o UBS Wealth Management vê espaço para mais valorização, ainda que com cautela no curto prazo.

Segundo relatório produzido pela instituição, a recuperação do Ibovespa reflete a combinação de fundamentos sólidos, precificação descontada e o apetite dos investidores internacionais.

“Um dos principais impulsionadores da alta tem sido o retorno dos fundos globais a um mercado que continua com valuations atrativos”, destaca o banco.

O fluxo estrangeiro em direção à bolsa brasileira em 2025 tem sido robusto, atingindo R$ 26,5 bilhões no primeiro semestre do ano, o maior desde 2022. Além disso, o documento destaca que os fundos de mercados emergentes estão com a maior exposição ao Brasil em 20 anos, enquanto fundos globais migraram de uma postura abaixo da média para neutra ou levemente acima.

Além do fluxo, o UBS destaca que os fundamentos seguem sustentando o otimismo. A projeção de crescimento dos lucros do índice MSCI Brasil em 2026 é de 8,8%, apoiada por demanda doméstica resiliente, câmbio mais forte (que ajuda nas margens) e gestão disciplinada de custos.

“Os valuations seguem atrativos, com o Ibovespa negociando a 7,6 vezes o lucro projetado, um desconto de 24% em relação à média de 10 anos. O retorno sobre o patrimônio das empresas brasileiras está em 16,6%, bem acima da média dos emergentes, de 13,2%”, destacam os especialistas do banco.

O UBS também cita como fator de otimismo a expectativa de mudança no governo federal em 2026, o que tem sido precificado pelos mercados.

Apesar do viés positivo, o banco manteve a recomendação Neutra para ações brasileiras, principalmente por conta dos riscos fiscais ainda no radar e do alto custo de oportunidade oferecido pela renda fixa local.

Ainda assim, o banco defende que investidores com baixa exposição em bolsa podem iniciar uma entrada gradual, especialmente com a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos e maior clareza política no segundo semestre.

“Sugerimos entrar gradualmente em ações. O cenário continua incerto, mas as perspectivas para 2026 são construtivas”, afirma o UBS.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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