Internacional

UE e China trocam farpas por falha nas negociações sobre clima do G20

07 set 2022, 10:59 - atualizado em 07 set 2022, 10:59
euro, inflação
O chefe de mudança climática da UE acusou na segunda-feira “o maior emissor deste planeta” – uma referência à China – de tentar retroceder no Pacto Climático de Glasgow (Imagem: Unsplash/Guillaume Périgois)

A União Europeia e a China estão questionando o compromisso mútuo de combater as mudanças climáticas, após o fracasso das negociações climáticas do G20 na semana passada.

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No final das negociações da semana passada em Bali, na Indonésia, os 20 governos não chegaram a um acordo para um comunicado conjunto sobre as mudanças climáticas. Fontes diplomáticas disseram que alguns países, incluindo a China, estavam descontentes com a linguagem que já havia sido acordada e consagrada em acordos anteriores.

O chefe de mudança climática da UE acusou na segunda-feira “o maior emissor deste planeta” – uma referência à China – de tentar retroceder no Pacto Climático de Glasgow, que encerrou duas semanas de negociações da ONU em novembro.

“Alguns dos grandes atores deste planeta estão tentando reverter o que haviam acordado em Glasgow”, disse Frans Timmermans em uma reunião em Roterdã sobre adaptação climática na África.

“E alguns deles, mesmo o maior emissor do planeta, tentam se esconder atrás dos países em desenvolvimento usando argumentos que acho que, em algum momento, não são mais viáveis”, disse Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão Europeia.

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A China é responsável por cerca de 30% das emissões anuais, tornando-se hoje o maior emissor do mundo, enquanto os Estados Unidos são o segundo e a UE o terceiro. Os Estados Unidos, no entanto, é o maior emissor historicamente.

O Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou a acusação e disse que Pequim exigiu uma interpretação “precisa” dos acordos climáticos anteriores.

O Acordo de Paris de 2015, por exemplo, comprometeu os países ricos – cujas emissões são em grande parte responsáveis pelo aquecimento global – a reduzir as emissões de dióxido de carbono mais rapidamente, ao mesmo tempo em que apoiava os países em desenvolvimento a seguir o exemplo. Sob o acordo de Paris, a China é definida como um país em desenvolvimento.

“Como um país em desenvolvimento, a China sempre apoiou o grande número de países em desenvolvimento e protegeu firmemente seus interesses comuns”, disse um porta-voz do ministério chinês.

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O fracasso das nações ricas em entregar o prometido financiamento climático aumentou as tensões nas negociações climáticas globais. A UE é o maior fornecedor de financiamento climático, de acordo com dados da OCDE.

A China prometeu atingir o pico de emissões até 2030 – uma meta que pode aumentar suas emissões no curto prazo, à medida que abre novas usinas de carvão. Pequim resistiu aos apelos da Europa para revisar essa meta de reduzir as emissões mais rapidamente.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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