Taxa Selic

Última alta? Aperto monetário do Banco Central pode não acabar amanhã

02 ago 2022, 8:33 - atualizado em 02 ago 2022, 8:33
Renda Fixa
O Banco Central brasileiro foi uma das primeiras autoridades monetárias a mexer na taxa básica de juros. (Imagem: Mehaniq)

Na quarta-feira (03), o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar um novo reajuste na Selic. A projeção inicial, tanto do mercado quanto do próprio Banco Central, era de um aumento de 0,5 ponto percentual, que eleva a taxa de juros de 13,25% para 13,75%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois disso, a expectativa era de uma pausa no aperto monetário. No entanto, já existem dúvidas de como será a reunião.

Fabrizio Velloni, economista chefe da Frente Corretora, aponta que o Banco Central pode surpreender com uma alta mais branda.

“A economia vem demonstrando um certo aquecimento, assim como a desaceleração do IPCA. Uma taxa de juros a 13,75% pode ser até meio exagerada vendo o atual movimento da inflação. De repente, o Copom pode até surpreender deixando essa taxa em 13,5%”, afirma.

Já Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da Eu me Banco, acredita que é cedo para dizer que o Banco Central fará a sua última alta e que a Selic deve chegar a, pelo menos, 14% neste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Por mais que a inflação já tenha mostrado arrefecimento, o ambiente ainda não é 100% seguro para encerrar o ciclo. Neste ano, não devemos ter uma inflação dentro da meta e não acho que o Banco Central se arriscaria a interromper o ciclo agora.”

Onze altas depois

O Banco Central brasileiro foi uma das primeiras autoridades monetárias a mexer na taxa básica de juros – muito por causa do fantasma da hiperinflação. O primeiro reajuste foi em março do ano passado, quando a Selic avançou 0,75 pp, após sete meses em seu menor patamar, de 2%.

Nesse quase um ano e meio, a taxa passou por 11 altas e está no patamar de 13,25% – trata-se do maior desde janeiro de 2017 – e parece dar sinais de que o aperto monetário está funcionando.

“O que mudou desde que o Copom começou a subir juros é que começamos a ver sinais de que a inflação aos poucos está arrefecendo por mais que o cenário não esteja totalmente tranquilo”, afirma Fabio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O economista lembra que os créditos não ficam só para o Banco Central. Houve um empurrãozinho do governo para que a inflação desacelerasse: as medidas para reduzir impostos como ICMS dos combustíveis e energia tem impactado nos números.

Além disso, o impacto da redução no preço da gasolina, por parte da Petrobras (PETR3; PETR4), também deve ser visto já nos dados de inflação de agosto.

Ainda assim, tem muita inflação para combater. O Relatório Focus desta semana até reduziu a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 de 7,30% para 7,15%.

No entanto, as estimativas para 2023 avançaram de 5,30% para 5,33% – provavelmente uma influência dos efeitos das medidas do governo que estimulam o consumo, como ampliação do Auxílio Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para Marcela Rocha, economista-chefe da Claritas, o Banco Central deve sinalizar sim o fim do aperto monetário, mas sem descartar novas altas se necessário.

“Se o Banco Central ver uma piora daqui a 45 dias no cenário econômico, ele pode voltar a subir os juros. Esses ajustes vão depender da atividade econômica e da inflação.”

?Money Times é Top 8 em Investimentos!?

Se você conta com as notícias do portal para se manter sempre bem-informado sobre tudo o que acontece no mundo dos investimentos, vote e ajude o Money Times a se tornar o melhor site de investimentos do Brasil. Clique aqui e deixe seu voto!

Saiba mais! TEMPO DE RESULTADOS! MOMENTO DE GANHAR DINHEIRO? VALE INVESTIR? MELHOR AÇÃO?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar