Último embargo cai: Canadá volta a importar frango do Brasil após surto de gripe aviária
O Canadá voltou a autorizar a importação de carne de frango do Brasil, encerrando o ciclo de restrições impostas após a detecção de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, em maio. A informação foi confirmada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após comunicação oficial ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Com a decisão, o país norte-americano deixa de ser o último mercado a manter bloqueio ao produto brasileiro. A liberação restabelece o acesso do Brasil a todos os destinos que haviam suspendido temporariamente as compras, reforçando a posição do país como um dos principais exportadores globais de carne de frango.
O embargo foi adotado depois da confirmação, em 16 de maio, de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no município de Montenegro (RS). Segundo autoridades sanitárias, o surto foi rapidamente isolado e controlado, com adoção imediata dos protocolos de contenção e comunicação aos organismos internacionais. Em junho, o Brasil já havia sido novamente reconhecido como livre da doença.
Antes da decisão canadense, outros mercados retomaram gradualmente as importações do produto brasileiro. A União Europeia anunciou recentemente a normalização dos fluxos comerciais, movimento acompanhado por países considerados estratégicos para o setor, como China, México, Argentina, Chile, Uruguai, Rússia e Marrocos.
Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a reabertura do mercado canadense conclui um processo conduzido com eficiência técnica e diplomática. Segundo ele, a atuação do Brasil foi marcada por transparência, rigor sanitário e agilidade, o que contribuiu para a retomada da confiança dos parceiros comerciais.
A associação avalia que o episódio reforça a credibilidade do sistema de defesa agropecuária brasileiro e demonstra a capacidade do país de lidar com eventos sanitários de forma alinhada às normas internacionais. Além da normalização das exportações, a expectativa do setor é encerrar o ano com crescimento em volume embarcado e faturamento em relação a 2024.