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Ultrapar e BR Distribuidora: resultados darão poucos motivos para celebrar, mas recuperação está próxima

20 jul 2020, 12:34 - atualizado em 20 jul 2020, 12:34
Ultragaz Ultrapar
O BTG manteve a preferência pela Ultrapar devido à resiliência do portfólio (Imagem: Reprodução/Ultra)

O tom adotado pelos analistas do BTG Pactual (BPAC11) sobre as distribuidoras de combustíveis melhorou. Apesar de continuarem achando que haverá pouco para ser celebrado na temporada de resultados do segundo trimestre, Thiago Duarte e Pedro Soares acreditam que a lucratividade deve voltar a níveis normalizados com a recuperação dos preços.

“Também prevemos um bom momentum de participação de mercado para os grandes players”, acrescentam os analistas, em relatório divulgado aos clientes.

O BTG mantém a preferência pela Ultrapar (UGPA3) devido à resiliência do portfólio. Em relação à BR Distribuidora (BRDT3), o banco adota uma posição de cautela, dado o aumento do valuation e dos riscos de execução.

Balanço sólido

Os resultados da Ultrapar estão previstos para sair em 12 de agosto, e a expectativa é de que os números do período demonstrem a solidez da companhia, apesar do desempenho da Ipiranga.

Duarte e Soares projetam um Ebitda consolidado de R$ 712 milhões. As vendas líquidas devem atingir R$ 17,5 bilhões, enquanto os ganhos somarão R$ 194 milhões.

“Nossa estimativas refletem o fraco desempenho da Ipiranga, com margem Ebitda em R$ 74/m³ (-18% na comparação anual) em razão das perdas de estoque no início do trimestre, que pesarão na lucratividade”, avaliam.

Os demais negócios da Ultrapar continuarão apresentando um bom desempenho, principalmente a Ultragaz e a Oxiteno.

Semelhante ao primeiro trimestre

BR Distribuidora BRDT3
O BTG adotou uma visão mais cautelosa para a BR Distribuidora, que reportará seus resultados em 11 de agosto (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O BTG possui uma visão mais cautelosa para a BR Distribuidora, que reportará seus resultados em 11 de agosto. Na avaliação do banco, o segundo trimestre será similar ao primeiro.

“Embora os números continuem sugerindo melhorias gerenciais, principalmente aquelas relacionadas a custos e cortes de despesas, o cenário macro desafiador prevalecerá”, comentam Duarte e Soares.

Os analistas esperam uma queda de 21% dos volumes, tendo em mente a exposição da BR Distribuidora ao segmento de aviação, gravemente afetado pela pandemia de covid-19.

A margem Ebitda projetada é de R$ 60/m³, afetada pelas perdas de estoque do primeiro trimestre. A receita líquida consolidada deve totalizar R$ 16,9 bilhões, enquanto o lucro líquido somará R$ 372 milhões.

O BTG reitera sua recomendação neutra à BR Distribuidora. Para o papel da Ultrapar, o banco mantém a recomendação de compra.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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