Ultra (UGPA3) sobe 4,6% após balanço do 2T25 superar expectativas

As ações da Ultra (UGPA3) avançam nesta quinta-feira (14) após a companhia divulgar resultados do segundo trimestre de 2025 acima das estimativas. Por volta das 11h40, os papéis da companhia subiam 4,6%, a R$ 17,75, liderando as altas do Ibovespa.
A dona da rede de postos Ipiranga divulgou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre, um salto em relação ao lucro de R$ 491 milhões apurado no mesmo período do ano passado.
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O UBS BB destacou o desempenho da Ultragaz, que superou as margens projetadas pelo banco e pelo consenso, e manteve recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25 por ação. Para o banco, os fortes números podem reforçar a confiança dos investidores, que vinham penalizando o papel devido a ruídos no setor de GLP.
O Bradesco BBI avaliou o resultado como levemente acima do esperado, com Ebitda recorrente de R$ 1,54 bilhão (2% acima de sua projeção), já consolidando a HBSA.
A instituição manteve recomendação neutra e elevou o preço-alvo de R$ 22 para R$ 24 ao fim de 2026, mas segue preferindo Vibra no setor, citando potencial de resultados mais fortes no segundo semestre e riscos regulatórios na Ultragaz.
A XP Investimentos apontou resultados melhores que o previsto em Ipiranga, Ultragaz e HBSA. O lucro líquido de R$ 1,15 bilhão superou em muito a projeção (R$ 327 milhões) devido a créditos fiscais extraordinários.
A corretora destacou ainda um fluxo de caixa livre positivo de cerca de R$ 900 milhões no trimestre e dividendos de R$ 326 milhões, o equivalente a um dividend yield de 1,7%.
Volumes na rede de postos da Ultra
O Safra, que também tem recomendação neutra para a ação, observou que os volumes da Ipiranga atingiram 5,733 mil m³ no 2T25, em linha com as expectativas, impulsionado por diesel (+5%) e estabilidade no ciclo Otto.
O Ebitda ajustado recorrente dessa unidade foi de R$ 678 milhões, 7% acima da projeção do banco, com margem por unidade de R$ 118/m³, acima da estimativa de R$ 110/m³.
O Safra atribui o desempenho a um mercado sobreabastecido devido à abertura para importações de combustíveis, que gerou perdas de estoque parcialmente compensadas por menores despesas.
A Ultrapar teve contratempos operacionais nos últimos anos, mas retornou ao básico, focando em melhoria das margens de distribuição de combustível, expansão da presença da Ultracargo e fortalecimento do posicionamento da Ultragaz.
Nos últimos 12 meses, no entanto, o papel cai 24%.