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Uma dose de vacina Pfizer dá proteção de 65%, indica Reino Unido

10 fev 2021, 8:01 - atualizado em 10 fev 2021, 8:01
Pfizer
Embora os resultados de eficácia sejam inferiores aos encontrados nos ensaios clínicos da Pfizer, o governo de Boris Johnson deve promover os primeiros dados do mundo real do Reino Unido como um impulso significativo para seus esforços de imunizar a população (Imagem: Reuters)

Uma dose da vacina Pfizer-BioNTech oferece proteção de 65% contra o coronavírus, segundo sugerem dados do governo do Reino Unido.

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Dados preliminares do programa de vacinação do Reino Unido, que devem ser divulgados nos próximos dias, mostram que a primeira dose reduziu o risco de infecção sintomática entre pacientes em 65% para adultos jovens e em 64% para maiores de 80 anos, disse uma pessoa a par do assunto.

Os dados, divulgados pela primeira vez pelo jornal The Sun, mostraram que duas doses da vacina da Pfizer aumentaram a proteção para 79% a 84%, dependendo da idade. A vacina da AstraZeneca oferece proteção semelhante, disse o jornal.

Embora os resultados de eficácia sejam inferiores aos encontrados nos ensaios clínicos da Pfizer, o governo de Boris Johnson deve promover os primeiros dados do mundo real do Reino Unido como um impulso significativo para seus esforços de imunizar a população. Uma vacinação em massa bem-sucedida é fundamental para os planos do governo de reabrir a economia após meses de restrições.

Mais de 12,6 milhões de pessoas no Reino Unido receberam até agora as primeiras doses da vacinas da Pfizer ou da Oxford-AstraZeneca, de acordo com dados mais recentes publicados na terça-feira. O número inclui mais de 90% dos maiores de 80 anos.

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Johnson tem como meta imunizar quase 15 milhões de pessoas até 15 de fevereiro, com foco nos grupos mais vulneráveis e cuidadores. Depois disso, sua equipe irá avaliar quando e como começar a suspender o terceiro lockdown nacional do Reino Unido, que está em vigor há um mês e agravou a crise econômica causada pela pior recessão do país em mais de 300 anos.

A partir de 8 de março, escolas podem começar a reabrir, o que será seguido pela flexibilização de outras restrições. Mas, embora a vacinação no Reino Unido seja uma das mais avançadas do mundo, a grande dúvida é se as vacinas permanecerão eficazes contra novas variantes do coronavírus.

Nesta semana, Johnson procurou tranquilizar a população sobre a eficácia das vacinas para prevenir casos mais graves e mortes causadas pela variante sul-africana. Alguns cientistas temem que a cepa tenha se espalhado pelo Reino Unido e possa inviabilizar o plano de suspensão das restrições.

Os dados da vacinação no mundo real das duas vacinas do Reino Unido serão essenciais para determinar a rapidez com que o governo pode começar a flexibilizar o lockdown.

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Paul Hunter, professor de medicina da Universidade de East Anglia, disse que os resultados preliminares foram “bastante surpreendentes” e acredita que seria possível uma suspensão gradual das restrições, começando com as escolas, a partir do início de março.

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bloomberg@moneytimes.com.br