Uma possível negociação entre BTG (BPAC11) e Stone (STNE) faz sentido?
O BTG (BPAC11) pode estar em processo de negociações para adquirir a Stone (STNE), segundo o jornal Valor Econômico. Com a possibilidade de aquisição, a Ágora Investimentos e Bradesco BBI analisaram se a operação é vantajosa para as companhias.
Otavio Tanganelli e Maria Clara Negrão, analistas que assinam o relatório, acreditam que o possível negócio pode até ter sinergias do ponto de vista estratégico, com o intuito de alavancar o canal de distribuição da Stone com capacidade de originação de crédito de pequenas e médias empresas do BTG.
No entanto, quando se trata do valuation, ou seja, valor da empresa, não acreditam que o negócio faria sentido.
Isso porque a Stone ainda representa entre 15-20% do valor de mercado em relação ao BTG e suas ações são negociadas em múltiplos mais altos, o que acabaria diluindo o lucro por ação para os acionistas, dizem os analistas.
As ações da Stone derreteram mais de 90% desde o seu pico.
Impacto da taxa de rotatividade
Além do aspecto do valuation, o relatório destaca que o cenário para os adquirentes permanece bastante incerto, tendo em vista o potencial — e provável — impacto futuro da taxa de rotatividade (churn) no setor.
Os analistas apontam que este fator é consequência das recentes iniciativas de reprecificação da Stone, que acabam por diminuir a atratividade de curto prazo de seus ativos.
Nenhuma das empresas se pronunciou sobre o assunto até o momento da redação desta matéria.
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