Internacional

União Europeia estuda regras para reduzir poluição de marcas globais de moda

11 mar 2020, 17:24 - atualizado em 11 mar 2020, 17:24
Já com a promessa de liderar a luta mundial contra os gases de efeito estufa que causam a mudança climática, a Europa se prepara para uma repressão paralela à poluição terrestre (Imagem: Pixabay)

Fabricantes e importadores de roupas da União Europeia podem ter de cumprir novas regras ambientais diante da iniciativa do bloco de “limpar” a produção de têxteis.

Em um novo sinal das ambições da UE de expandir sua pegada regulatória verde globalmente, o responsável de meio ambiente do bloco prometeu se concentrar na indústria de vestuário para que o setor evite o uso de produtos químicos prejudiciais e o desperdício de água.

O comissário de meio ambiente da UE, Virginijus Sinkevicius, classificou os têxteis de “novo plástico” quando se trata de lixo.

O projeto de normas da UE terá como objetivo exigir informações nas etiquetas de roupas sobre os recursos utilizados na fabricação e estabelecer obrigações de sustentabilidade para produtores que buscam acesso ao mercado único europeu de têxteis e vestuário que movimenta 500 bilhões de euros (US$ 567 bilhões), disse.

“Definitivamente entraremos na rotulagem”, disse Sinkevicius em entrevista em Bruxelas, onde anunciou um amplo plano de ação na quarta-feira. “Mas o principal é a política de produtos, o que é vendido no mercado da UE.”

Já com a promessa de liderar a luta mundial contra os gases de efeito estufa que causam a mudança climática, a Europa se prepara para uma repressão paralela à poluição terrestre.

Em dezembro, a UE anunciou uma iniciativa sem precedentes, chamada de “Green Deal”, para se tornar o primeiro continente neutro em carbono por meio de uma revisão econômica que afetará vários segmentos, da energia à agricultura.

A nova iniciativa de “economia circular” abrange segmentos que incluem têxteis, construção, eletrônicos e baterias. O projeto prepara o terreno para meses de trabalho da Comissão Europeia, o braço regulatório da UE, sobre propostas detalhadas que parlamentares do bloco precisariam aprovar em um processo de muitos meses.

A parte do plano que trata de têxteis tem potencial de afetar inúmeras empresas de vestuário que dependem de países asiáticos de baixo custo, como China, Vietnã e Bangladesh, como locais de produção.

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