União Europeia prorroga suspensão de contramedidas às tarifas dos EUA até agosto em busca de negociação

Presidente da Comissão Europeia suspende as medidas retaliatórias às tarifas de Trump em busca de negociações entre EUA e União Europeia (Imagem: Reuters/Francois Lenoir)

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A União Europeia (UE) estenderá sua suspensão de contramedidas às tarifas norte-americanas até o início de agosto, em busca de uma solução negociada para o comércio com os Estados Unidos , disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, neste domingo (13).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou sua guerra comercial global no sábado (12) e ameaçou impor uma tarifa de 30% sobre as importações da União Europeia a partir de 1º de agosto, além das tarifas específicas do setor, apesar de meses de intensas negociações.

Ao anunciar a extensão da suspensão das medidas retaliatórias, von der Leyen disse aos repórteres que o bloco “continuará a preparar outras contramedidas para que estejamos totalmente preparados”.

Um primeiro pacote de contramedidas às tarifas dos EUA sobre aço e alumínio, que atingiria 21 bilhões de euros (US$24,6 bilhões) em produtos norte-americanos, foi suspenso em abril por 90 dias para dar tempo às negociações.

A suspensão deveria ter expirado na última segunda-feira (7).

Um segundo pacote está sendo trabalhado desde maio e teria como alvo 72 bilhões de euros em produtos norte-americanos, mas essas medidas ainda não foram divulgadas e a lista final requer a aprovação dos estados-membros.

Von der Leyen acrescentou que o uso do Instrumento Anti-Coerção da UE ainda não foi cogitado. “O instrumento (anti-coerção) foi criado para situações extraordinárias, ainda não chegamos lá”, disse ela.

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O instrumento permite que o bloco retalie contra países terceiros que exerçam pressão econômica sobre os membros da UE para que mudem suas políticas.

As possíveis medidas de retaliação poderiam incluir a restrição do acesso ao mercado da UE para bens e serviços e outras medidas econômicas relacionadas a áreas como investimento estrangeiro direto, mercados financeiros e controles de exportação.

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