Tarifas do Trump

União Europeia se “prepara para a guerra” com pacote tarifário de 21 bilhões de euros contra EUA

14 jul 2025, 5:42 - atualizado em 14 jul 2025, 5:42
EUA União Europeia Bandeiras
União Europeia tem pronto pacote tarifário de 21 bilhões de euros contra EUA (Reuters/Francois Lenoir)

Integrantes de governos de países europeus falam em negociação, mas também preparam discursos mais inflamados contra as novas tarifas de 30% anunciadas no sábado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ministros do Comércio da União Europeia estão reunidos em Bruxelas nesta segunda-feira.

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“Não devemos impor contramedidas neste momento, mas devemos estar preparados para usar todas as ferramentas disponíveis”, disse o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Løkke Rasmussen, a jornalistas antes da reunião.

“Queremos um acordo, mas há um velho ditado: ‘Se você quer paz, prepare-se para a guerra‘”, disse o dinamarquês.

O comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, disse que um acordo com desfecho positivo para ambos os lados está próximo, e alertou que uma tarifa de 30% praticamente eliminaria o comércio.

Maior bloco comercial do mundo com 27 países-membros, a União Europeia também é a maior parceira comercial dos EUA, com decisões tendo impacto direto em governos, empresas e consumidores em ambos os lados do Atlântico.

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Neste domingo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que um acordo comercial deve ser buscado até o prazo de 1º de agosto, quando as novas tarifas de Trump entrariam em vigor.

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Retaliação pronta

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou em entrevista ao jornal Il Messaggero, nesta segunda-feira, que a UE já preparou uma lista de tarifas no valor de 21 bilhões de euros sobre produtos dos EUA caso um acordo não seja alcançado.

Tajani afirmou que o pacote tarifário pode ser seguido por um segundo conjunto, caso um acordo com os EUA se mostre impossível. No entanto, ele acrescentou estar confiante de que pode haver progresso nas negociações.

“Tarifas prejudicam a todos, começando pelos próprios Estados Unidos”, disse. “Se os mercados de ações caírem, isso coloca em risco as aposentadorias e as economias dos americanos.”

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O italiano afirmou também que, para ajudar a economia da zona do euro, o Banco Central Europeu deveria considerar um novo programa de compra de títulos no estilo “quantitative easing” (afrouxamento quantitativo) e mais cortes nas taxas de juros.

Com informações Reuters

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br