Internacional

Uruguai quer atrair 50 mil argentinos nos próximos cinco anos

10 jan 2020, 16:28 - atualizado em 10 jan 2020, 16:28
Presidente eleito do Uruguai, Luis Lacalle Pou
De acordo com Lacalle Pou, a ideia é flexibilizar regras de residência legal e fiscal (Imagem: REUTERS/Mariana Greif)

O presidente eleito do Uruguai, Luis Lacalle Pou, afirmou que pretende atrair 50 mil argentinos para o país nos próximos cinco anos. A ideia é que empresários e pessoas com alto poder aquisitivo se instalem no país, levando empresas ou abrindo negócios no Uruguai. Lacalle Pou, que assumirá o governo no dia 10 de março, também quer reativar o setor da construção.

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“Temos certeza de que nosso país se tornará um destino não apenas para investir, mas também para que as famílias morem e desfrutem de nossas praias”, afirmou Lacalle Pou, em uma coletiva de imprensa, após reunião com a Associação de Promotores da Construção Privada do Uruguai (Appcu), na semana passada.

De acordo com Lacalle Pou, a ideia é flexibilizar regras de residência legal e fiscal para que 100 mil pessoas, principalmente argentinos, se mudem para o Uruguai nos próximos 5 anos.

Uma das flexibilizações será a redução dos valores exigidos em patrimônio de imóveis ou investimentos, para facilitar a obtenção de residência.

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Residência legal e fiscal

Para cidadãos dos países do Mercosul obterem residência no Uruguai basta demonstrar o interesse de permanecer e residir no país. Para cidadãos de outros países, é necessário comprovar capacidade financeira de se manter no país.

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Já para se obter residência fiscal, uma das maneiras é possuir algum imóvel no valor de 15 milhões de unidades indexadas (UI), o equivalente a cerca de US$ 1,7 milhão.

Em Portugal, por exemplo, a residência é obtida com a compra de imóveis no valor de € 500 mil, cerca de US$ 550 mil dólares, aproximadamente um terço do que é exigido hoje no Uruguai.

Em Portugal, por exemplo, a residência é obtida com a compra de imóveis no valor de € 500 mil (Imagem: Pixabay)

A residência fiscal pode ser obtida caso o interessado esteja durante mais de 183 dias do ano no país; tenha interesses vitais (parentes próximos) no Uruguai; ou demonstre que mais de 50% de sua renda é gerada em território nacional.

“O Uruguai sempre esteve de braços abertos a países que estão expulsando seu povo, mas também é um lugar para pessoas que não estão indo mal mas decidem que aqui é um lugar onde o investimento é respeitado, é bom para viver com a família e há segurança jurídica”, afirmou Lacalle Pou.

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O ministro do Turismo, Germán Cardoso, também cidou a qualidade de vida, no país. “Além da quantidade (de visitantes) que podemos alcançar no turismo, acreditamos que o Uruguai e, particularmente, a região da costa, tem uma infraestrutura que garante uma excelente qualidade de vida”, disse.

“O Uruguai sempre esteve de braços abertos a países que estão expulsando seu povo”, disse Lacalle Pou (Imagem: Facebook/Luis Lacalle Pou)

Números

A expectativa de Lacalle Pou é bastante otimista, se considerados os números da Junta Nacional de Migração do Uruguai. De acordo com os dados mais recentes do órgão, em 2018 o país concedeu pouco mais de 10 mil residências a estrangeiros.

Em 2018, os venezuelanos foram os que mais pediram residência (5.448 pedidos concedidos). Os brasileiros apareceram em segundo lugar (1.880) e os argentinos em terceiro, com 1.484 residências concedidas, o que representa cerca de 14% dos trâmites.

O número vem crescendo desde 2015, quando o país tramitou 8.560 residências a estrangeiros. Entre 2015 e 2018, foram concedidos 37.277 pedidos de residência.

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agencia.brasil@moneytimes.com.br