Agronegócio

USDA eleva previsão de safra de milho dos EUA; reduz estimativa para soja

12 ago 2019, 15:34 - atualizado em 12 ago 2019, 15:34
Agricultura Agronegócio Plantação
A projeção foi baseada em produtividade de 169,5 bushels por acre (Imagem: REUTERS/Daniel Acker)

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou nesta segunda-feira a safra 2019/20 de milho do país em 13,901 bilhões de bushels, ante 13,875 bilhões da projeção de julho.

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A previsão veio acima do que o mercado esperava (13,193 bilhões de bushels), apesar de preocupações sobre o tempo úmido na primavera e seco no verão do Hemisfério Norte.

A projeção foi baseada em produtividade de 169,5 bushels por acre. Os produtores do maior produtor global de milho semearam 90 milhões de acres e devem colher em 82 milhões de acres.

Após a divulgação dos dados, alguns contratos futuros do milho negociados na bolsa de Chicago caíram para o limite de baixa de 25 centavos, já que os analistas esperavam que o governo fosse reduzir sua projeção para colheita e produtividade do grão.

“A produtividade subindo para o milho foi chocante, porque as taxas de condição das lavouras caíram”, disse Bob Utterback, da Utterback Marketing.

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Ele disse que os dados sugerem melhores perspectivas em Missouri e Minnesota e partes de Iowa, compensando o resto do Meio-Oeste.

Por outro lado, o USDA reduziu a projeção da safra de soja 2019/20 para 3,68 bilhões de bushels, versus 3,845 bilhões na projeção de julho. O número também veio abaixo do que o mercado esperava (3,8 bilhões). A produtividade foi vista em 48,5 bushels por acre.

Quanto às áreas de produção nos EUA, dados muito aguardados após fortes chuvas na primavera e seca no verão afetarem plantio e desenvolvimento, o órgão estimou um plantio de soja em 76,7 milhões de acres, com colheita em 75,9 milhões de acres .

A projeção de agosto foi amplamente baseada em pesquisas agrícolas e imagens de satélite, enquanto as estimativas anteriores partiam de modelos estatísticos.

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Estoques

O USDA também indicou que os estoques finais mundiais da oleaginosa em 2019/20 devem chegar a 101,74 milhões de toneladas, ajustando para baixo seu cálculo de julho, que apontava para 104,77 milhões de toneladas.

Já os estoques finais globais de milho na temporada devem ser maiores que o esperado, alcançando 307,72 milhões de toneladas, em comparação a uma previsão anterior de 290,09 milhões de toneladas.

Em relação ao trigo, o governo norte-americano estimou que os estoques finais no mundo atinjam 285,4 milhões de toneladas, uma ligeira alta ante o cálculo anterior, de 284,08 milhões de toneladas.

Para os país produtores da América do Sul, o USDA manteve suas projeções para as safras 2019/20 do Brasil inalteradas, com a produção de soja estimada em 123 milhões de toneladas e a de milho em 101 milhões de toneladas.

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O órgão, porém, elevou a perspectiva para a exportação brasileira da oleaginosa em 500 mil toneladas, para 76,5 milhões de toneladas.

No tocante à Argentina, o USDA elevou seus cálculos para as colheitas tanto de soja quanto de milho na temporada 2018/19, para 51 milhões de toneladas e 56 milhões de toneladas, respectivamente.

Em 2019/20, a produção argentina da oleaginosa deve atingir 53 milhões de toneladas, enquanto a de milho foi estimada em 50 milhões de toneladas.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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