Frigoríficos

USDA espera que frigoríficos reabram em dias e não semanas

30 abr 2020, 15:10 - atualizado em 30 abr 2020, 15:10
Frigorificos
O USDA foi escolhido para assumir a liderança com o objetivo de garantir que as processadoras de carne permaneçam abertas sob a ordem executiva publicada na terça-feira (Imagem: Agência Senado)

O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, disse que espera que os frigoríficos reabram em “dias, e não semanas” sob a ordem executiva do presidente Donald Trump sob a Lei de Produção de Defesa.

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Trabalhadores de abatedouros devem começar a receber mais material de proteção e acesso a testes de coronavírus “virtualmente imediatamente”, disse Perdue na quinta-feira em entrevista por telefone.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) “já começou” a trabalhar nos pedidos para que sejam preenchidos prioritariamente por fornecedores semelhantes aos profissionais de saúde, disse.

O USDA foi escolhido para assumir a liderança com o objetivo de garantir que as processadoras de carne permaneçam abertas sob a ordem executiva publicada na terça-feira.

A cadeia de suprimentos de alimentos do país desabou quando uma onda de surtos fechou abatedouros nos EUA, aumentando o risco de que as carnes de porco, bovina e de frango desaparecessem das prateleiras dos supermercados.

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Perdue acredita que o déficit nacional de produção de carne, que estima atualmente de 20% a 30%, seja reduzido para “10% a 15% dentro de uma semana a 10 dias”.

Em muitos casos, mesmo quando os frigoríficos reabrirem, não devem operar com a mesma capacidade devido a medidas de segurança para controlar a propagação do vírus, disse Perdue.

“Haverá menos produção, alguma ineficiência com base na velocidade das linhas, alguns funcionários que não poderão voltar ao trabalho”, disse Perdue.

O USDA terá poder legal de obrigar produtores de carne a reabrirem abatedouros sob a ordem de Trump, mas não espera ter que usá-lo, disse Perdue.

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O departamento vai trabalhar em colaboração com empresas e autoridades estaduais e locais para definir padrões de segurança com base nas diretrizes para trabalhadores divulgadas pelos Centros de Controle de Doenças e Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA, disse.

“Saúde e segurança do trabalhador são a maior prioridade”, disse Perdue. “Queremos assegurar sua segurança aos trabalhadores e à comunidade.”

O USDA disse na quarta-feira que solicitará aos processadores de carne que enviem planos por escrito para operar com segurança os frigoríficos e que devem revisá-los em consulta com as autoridades locais.

A ordem executiva de Trump não removerá a responsabilidade legal das empresas de carne por processos relacionados a questões de segurança contra o coronavírus, mas, juntamente com as diretrizes do CDC, lhes dará “uma resposta defensável” caso sejam processados desde que sigam as diretrizes, disse Perdue.

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Um dia após a ordem de Trump, outro abatedouro foi fechado. A Tyson Foods, maior processadora de carne dos EUA, disse na quarta-feira que iria fechar uma unidade de carne bovina em Nebraska por quatro dias.

Vinte trabalhadores de frigoríficos e unidades de processamento de alimentos morreram e pelo menos 6.500 foram diretamente afetados pelo coronavírus, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Comerciais e Alimentares, o maior sindicato do setor privado.

Trump disse quarta-feira que o governo está preparando um informe sobre como proteger trabalhadores.

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bloomberg@moneytimes.com.br