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USDA projeta leve aumento nos estoques de soja e milho dos EUA em 2021

19 fev 2021, 11:02 - atualizado em 19 fev 2021, 15:48
Grãos de soja, Argentina
Para a soja, o USDA estimou a safra em 4,525 bilhões de bushels, 9% superior à colheita anterior (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

Os estoques de milho e soja norte-americanos devem aumentar ligeiramente até o final do ano comercial de 2021/22, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) nesta sexta-feira, indicando que uma grande safra plantada primavera (do Hemisfério Norte) deve aliviar parte das preocupações com a oferta.

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Com os altos preços sendo vistos como encorajadores para que os produtores ampliem os plantios de soja e milho a 182 milhões de acres (73,7 milhões de hectares), maior nível da história quando combinadas as duas culturas, o USDA projetou uma safra recorde de 15,150 bilhões de bushels de milho, alta de 7% na comparação anual, com base em um rendimento médio de 179,5 bushels por acre.

Os estoques finais de milho para o ano safra 2021/22 foram fixados em 1,552 bilhão de bushels, um aumento de 50 milhões de bushels em relação ao ano anterior, disse o USDA em sua primeira estimativa para a nova safra.

Operadores têm demonstrado preocupações com a redução na oferta antes da chegada da próxima safra norte-americana.

“O consumo total de milho dos EUA em 2021/22 está previsto para avançar 3% em relação ao ano anterior, diante do aumento no uso doméstico e da força contínua das exportações”, disse o USDA em relatório publicado durante um fórum anual.

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Para a soja, o USDA estimou a safra em um recorde de 4,525 bilhões de bushels, 9% superior à colheita anterior.

Os estoques finais de soja devem subir para 145 milhões de bushels, acima dos 120 milhões do ano anterior, mas ainda “historicamente baixos”, disse o USDA.

O departamento estima que as processadoras vão esmagar um recorde de 2,210 bilhões de bushels de soja, guiadas pelas fortes margens e pela robusta demanda doméstica por farelo de soja, utilizado como ração animal.

Mas as exportações da oleaginosa foram vistas recuando para 2,200 bilhões de bushels, versus 2,250 bilhões em 2020/21.

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“Apesar do aumento na demanda global por importações (de soja), a participação de mercado dos EUA deve diminuir por causa das ofertas exportáveis limitadas”, disse o USDA.

Os estoques norte-americanos de trigo ao final de 2021/22, ano comercial que terminará em 31 de maio de 2022, foram projetados em 698 milhões de bushels, nível mais apertado em oito anos, refletindo o aumento na utilização do cereal como ração.

O USDA projetou a safra de trigo 2021/22 dos EUA em 1,827 bilhão de bushels, praticamente estável em relação aos 1,826 bilhão de bushels de 2020/21.

As exportações da oleaginosa foram vistas recuando para 2,200 bilhões de bushels, versus 2,250 bilhões em 2020/21 (Imagem: Reuters/Jorge Adorno)

O plantio total foi previsto em 45,0 milhões de acres (18,2 milhões de hectares), uma alta frente aos 44,3 milhões de acres (17,9 milhões de hectares) do ano anterior.

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O USDA disse ainda que a semeadura do trigo de inverno, que ocorreu no último outono local, aumentou em 5% no ano a ano, mas que o trigo de primavera deve perder área de cultivo para soja e milho nas Planícies do norte do país.

(Atualizada às 15h48)

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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