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Usiminas deve reajustar preço de seus produtos para valor da ação fazer sentido, diz Credit Suisse

17 set 2020, 15:07 - atualizado em 17 set 2020, 15:07
Usiminas Siderurgia Indústria Empresas
Após revisar seu Capex de R$ 1 bilhão para R$ 600 milhões, a empresa espera desembolsar R$ 800 milhões em 2020 (Imagem: Facebook da Usiminas)

A Usiminas (USIM5) deve reajustar o preço de seus produtos para que o valor de suas ações faça sentido, na visão do Credit Suisse.

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“No momento, continuamos sendo conservadores em relação às negociações de preços para 2021, incorporando apenas um aumento de + 5,7% na comparação anual para as vendas domésticas. Embora a Usiminas esteja negociando atualmente a 7,2x EV/EBITDA 2021, em linha com seus pares, nosso modelo de sensibilidade mostra que outro aumento de +2,5% nos preços baixaria esse múltiplo para 6-6,5x, um nível justo para o setor”, avaliaram os analistas.

De acordo com o documento enviado ao mercado pelo banco, a demanda doméstica de aço está se recuperando mais rápido do que se pensava, permitindo que as siderúrgicas implementem sequencialmente aumentos de preços, o que os levou a rever os números.

Após revisar seu Capex de R$ 1 bilhão para R$ 600 milhões, a empresa espera desembolsar R$ 800 milhões em 2020.

Na visão do banco, a alavancagem não deve crescer muito além dos níveis atuais de 2,2x ND/EBITDA devido aos fortes resultados em sua divisão de mineração, portanto, uma violação de contrato não deve ser uma preocupação.

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“Além disso, a empresa ainda tem R $ 1,2 bilhão em disputa contra a Eletrobrás, aguardando uma decisão judicial final que pode levar a uma entrada de caixa adicional eventualmente. Por fim, também pode haver créditos adicionais de PIS / Cofins a recuperar, também dependendo de decisões judiciais”, avaliou o banco.

Em relação aos preços, o Credit afirmou que a Usiminas implementou, de forma bem-sucedida, um aumento de 10% em julho e, daqui para frente, o cenário parece ser promissor.

Ponderando os lados positivos e negativos do cenário da companhia, o banco manteve sua recomendação neutra para as ações, mas aumentou o seu preço-alvo de R$ 6,50 para R$ 12.

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Jornalista | Analista de Marketing
vitoria.fernandes@moneytimes.com.br