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Usiminas: prejuízo de R$ 423 milhões não é desculpa para fugir do papel, diz Mirae

25 maio 2020, 17:35 - atualizado em 25 maio 2020, 17:35
Usiminas
Liquidação: múltiplos mostram que Usiminas vale, no mercado, menos que o seu patrimônio (Imagem: Twitter/Usiminas)

Um prejuízo líquido de R$ 423 milhões, como o sofrido pela Usiminas (USIM5) no primeiro trimestre, costuma ser um bom motivo para os investidores venderem ações ou sequer cogitar sua compra. Mas, para a Mirae Asset, esse mau resultado não é desculpa para fugir do papel.

Em relatório assinado por Fernando Bresciani e Pedro Galdi, a Mirae recomenda a compra das ações da siderúrgica, com preço justo de R$ 7,16. O valor representa um potencial de alta de 44% sobre a cotação tomada como referência pela gestora.

Entre os argumentos, está o grande desconto dos papéis, quando se analisam os múltiplos pelos quais são negociados. A Mirae observa que, atualmente, as ações preferenciais da Usiminas são cotadas a 4,9 vezes a relação EV/Ebitda (o valor da empresas sobre ebitda).

Outro múltiplo confirma o desconto: a relação P/VPA (preço sobre valor patrimonial) é de apenas 0,5 vez. Isto significa que o valor de mercado da Usiminas é metade do que seu patrimônio.

Provações

É verdade que a siderúrgica não apresentou números surpreendentes no primeiro trimestre, com resultados dentro dos esperados pela Mirae, refletindo um começo fraco de ano, agravado pela pandemia de coronavírus a partir de meados de março.

A gestora acrescenta que o maior tombo dos resultados virá no segundo trimestre, mas a expectativa é que a produção e as vendas comecem a crescer a partir de julho. Por último, a Usiminas também mudou a estratégia para o setor de mineração. Em vez de vender a Musa, sua produtora de minério de ferro, o plano agora é ampliar o negócio.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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