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Usiminas (USIM5) cai até 8% com balanço do 3T25; o que dizem os analistas?

24 out 2025, 12:11 - atualizado em 24 out 2025, 12:23
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Usiminas (USIM5) despenca após divulgar prejuízo bilionário no 3º trimestre, com baixas contábeis e cenário desafiador para a siderurgia. (Imagem: Divulgação/Canva Pro - Montagem: Giovanna Figueredo)

Entre as poucas quedas do Ibovespa (IBOV) nesta sexta-feira (24), as ações da Usiminas (USIM5) lideram a ponta negativa, em reação aos números do terceiro trimestre. 

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Por volta de 11h44 (horário de Brasília), USIM5 caía 6,24%, a R$ 4,66. Na mínima do dia, os papéis registraram queda de 8,25%. Acompanhe o Tempo Real. 



A mineradora registrou prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), o que representa uma reversão do lucro de R$ 185 milhões reportado no mesmo período do ano passado. 

A cifra veio muito pior do que as expectativas do mercado. Projeções reunidas pela Bloomberg apontavam para um lucro líquido de R$ 33 milhões no período.

No relatório, a Usiminas afirma que administração efetuou uma análise de recuperabilidade de seus ativos, baseadas no ambiente macroeconômico e na situação de mercado, o que resultou em uma perda por impairment (desvalorização) de ativos no valor de R$ 2,2 bilhões, além de R$ 1,4 bilhão pela avaliação de recuperabilidade de impostos diferidos.

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Segundo a companhia, esses lançamentos não têm efeito no caixa.

O que dizem os analistas? 

Para os analistas, apesar do prejuízo, o balanço foi considerado “neutro” e em linha com o esperado — e de olho nos números do quarto trimestre (4T25). 

O BTG Pactual afirmou que a baixa contábil (impairment) de R$ 2,2 bilhões na unidade de aço e um adicional de R$ 1,4 bilhão relacionado à ‘recuperabilidade’ de impostos diferidos foi “inesperada” e “significativa”. 

Na visão dos analistas do banco, embora não envolvam caixa, essas baixas contábeis “destacam os desafios estruturais contínuos na Usiminas, refletindo ativos não lucrativos e anos de subinvestimento”. 

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Já o Safra destacou que a projeção da Usiminas de um Ebitda estável no segmento de siderurgia no 4T25, uma vez que vendas menores devem ser compensados por um Custo de Produtos de Vendidos por tonelada (CPV/t) mais baixo, enquanto os preços devem permanecer estáveis.

“Não esperamos que o fluxo de caixa livre (FCL) se mantenha nos níveis do terceiro trimestre, pois o capex (investimento em capital) aumenta e há uma menor liberação de capital de giro”, escreveram 

No período entre julho e setembro, a Usiminas teve um FCL de R$ 613 milhões, acima das expectativas do Safra de R$ 289 milhões — com menores necessidades de capital de giro e menores desembolsos de capex.

Na mesma linha, o Itaú BBA avalia que o guidance de estabilidade do Ebitda no último trimestre deste ano é “positiva” para a companhia, “considerando a sazonalidade tipicamente fraca no quarto trimestre”. 

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É hora de vender Usiminas? 

Os analistas mantiveram as recomendações após os resultados. 

O BTG Pactual afirma que Usiminas segue como uma aposta de curto prazo, orientada a eventos (event-driven), dadas as discussões atuais sobre a potencial agenda antidumping.

Os analistas, por sua vez, também consideram que a perspectiva da empresa continua sobrecarregada pela pressão sobre a indústria siderúrgica brasileira. 

O banco tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 5 — o que representa um potencial de valorização de 0,6% sobre o preço de fechamento da véspera (R$ 4,97). 

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O Safra e o Itaú BBA também tem perspectiva neutra com preço-alvo de R$ 4,70 e R$ 7,00, respectivamente.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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